"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
14
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 15:44link do post | comentar

  

 

 

Olá gentes,

 

Pois que devo ser uma anormal devo. Ou então não…

Há duas coisas que me deixam confusa, quer dizer há muito mais, mas estas fazem-me duvidar da minha sanidade mental…

Será que sou só eu que:

 

(1) Não entendo como é que é suposto as pessoas se cumprimentarem num e-mail, se é simplesmente ‘Bom dia Maria’ ou se deve ser ‘Cara Maria’ ou antes, ‘Exma. Sra. D.ª Maria’, ou ainda, ‘Exma. Sra. Dra. Maria’ e ainda há a versão jurídica do ‘Ilustre Colega, Exma. Senhora. Dra. Maria’ e mais numa versão académica ‘Exma. Senhora Professora Doutora Maria’ – estas versões são pralá de cansativas. Eu tenho imensa dificuldade em perceber quando posso usar um tipo de saudação ou outro. Deve ser por ter estudado em Inglês em que é sempre invariavelmente ‘Dear Sir’ OU ‘Dear Madam’ – quando não se conhece e ‘Dear Mr. José’ OU ‘Dear Ms. Maria’ – quando se conhece, e ponto. Quais dê éres ou coisa que o valha… dê éres em Inglês são os médicos. Será possível padronizarmos a coisa de uma forma simples, para que quando vá enviar um e-mail saiba logo como me dirigir à pessoa. E desengane-se quem acha que um ‘Bom dia Maria’ nunca poderia ser levado a mal. Pois… é que há gentinha que fica pralá de ofendida com o simpático (achava eu) ‘Bom dia Maria’… é que a bem ver o ‘Bom dia Maria’ é uma saudação amável e só gente mesquinha é que pode levar tal saudação a mal. Já o ‘Ilustre Colega, Exma. Senhora. Dra. Maria’, linguagem usada entre advogados (que são uma espécie à parte) é algo surreal e difícil de encaixar nesta minha maneira espontânea de ser, vai na volta é por isso que não sou advogada …

 

O mais surpreendente é que depois o Ilustre blá blá blá vêm muito educadamente mandar uns aos outros à merd@... Onde é que fica o tão ilustre, notável e distinto colega? É isso. Ahhhhh ainda me faltou os que não se cingem ao primeiro nome e vai de pespegarem com os apelidos e tudo, então a coisa fica mais ou menos assim ‘Ilustre Colega, Exma. Senhora. Dra. Maria Pereira de Morais Carneiro, recepcionámos a sua carta, a qual mereceu a nossa melhor atenção, contudo devido ao teor da mesma, compete-me informar a Ilustre Colega, que ficou unanimemente decidido, com o devido respeito, indicar que meta o extintor, que certamente estará pendurado numa das paredes do seu Ilustre escritório, salvo erro naquela entre o quadro do Picasso e a escultura de Rodin, no seu olho, aquele que nunca viu o sol’ ora bem são 78 palavras gastas, quando poderia ser algo tão simples quanto ‘Bom dia Maria, relativamente à carta que nos enviou, vá mazé levar no cú’ e com 14 palavrinhas a coisa tá feita. Não entendo todos os éffes e érres quando no fundo a coisa é mesmo brega, seja em que formato for.

 

(2) Também não entendo como é que as pessoas se despedem nos e-mails, embora esta questão seja muitíssimo mais simples do que a parte da saudação, porque o cumprimento sem todos os dê érres é coisa para ser considerado bastante insultuoso, já a despedida, como não carece desses títulos a coisa corre invariavelmente melhor. Contudo há o clássico ‘Melhores cumprimentos,’ ou ainda o ‘Atentamente’, há o vulgo ‘Obrigada,’ que quando se torna mais corriqueiro passa a ‘Obg,’ e há o meio atrevidote ‘Beijinhos,’.

 

Este ultimo para ser usado com muito cuidado, porque pode ser considerado demasiado íntimo para as relações profissionais, embora possa haver essa abertura, normalmente para as mesmas pessoas que não levam a mal o cumprimento pelo simples ‘Bom dia Maria’. Enfim é uma questão de bom senso. O problema põe-se quando não se sabe ao certo se o ‘beijinhos,’ é encarado numa de ser amável e numa tentativa de aproximação e portanto joga a nosso favor, ou se é encardo numa de ‘olha olha, está já me manda beijinhos, quem é que ela pensa que é’, por isso em caso de duvidas o ‘obrigada’ serve perfeitamente. Em inglês, lá está, a coisa é muito mais simples. Jamais se despede de alguém com ‘Kisses’… Utiliza-se o ‘Best regards,’ ou numa simpátia extrema o ‘Kind regards’, e depois com a continuação passa a ‘B. rgds,’ e já tá.

 

Outra coisa que me deixa intrigada na altura da despedida é o cartão-de-visita que vem por baixo, e que normalmente contém o nome da empresa, o cargo e os contactos e vá, a pagina da internet também. E isso basta. Pensava eu. Mas é cómico ver um cartão-de-visita como descrevi em cima, em que depois encontramos uma indicação toda avan-garde e que fica sempre bem tipo ‘pense no ambiente antes de imprimir este e-mail’ e depois segue-se uma lista interminável dos vários prémios que aquela empresa já ganhou, tipo ‘Melhor empresa para trabalhar no ano 2010’; ‘Troféu melhor amigo do ambiente’, e por ai fora…. cómico…. to say the least. Para não falar nos logos às cores e dos twitters e facebooks e outras indicações que sempre contribuem para a imagem que a empresa quer passar.

 

E com isto vou-me, é 6ª e eu despeço-me de vocês com o desejo de que passem um bom fim-de-semana (muito utilizado também para despedidas nos e-mails às 6as)

 

Fui! 

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Abr 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:09link do post | comentar | ver comentários (3)

WHO THE HELL IS MOODYS ???

 

Estou com a cabeça a mil. Pertenço à geração que ainda não está à rasca, mas que para lá caminha rapidamente e tal como os da minha criação, ando sempre atrasada e a lutar (ingloriamente) contra o tempo. Não uso relógio, mas isso não significa que não me preocupo com as horas, antes pelo contrário, preocupo-me sobremaneira… o que acontece é que recuso  usar uma cena no pulso que me assusta sempre que olho para ela. De uma forma geral quando dou de caras com um relógio o meu coração bate aceleradamente e eu temo sofrer um ataque cardíaco. Não sei se é mesmo assim ou se é apenas sugestão, efeito pavlov ou coisa do género, mas dou por mim a segurar o coração sempre que dou de caras com um relógio. E tenho suores frios. Ok na volta é uma paranóia facilmente tratável, uma psicose ou assim.

 

Bom mas não era nada disto que eu queria abordar… ultimamente tendo a dispersar. As conversas começam e depois nunca acabam, andam sempre as voltas com mil e um assuntos pelo meio, e raramanete acabo cabalmente um tema. Dou por mim a começar uma frase assim ‘bem, tenho uma coisa para te contar…..’ e acaba-se o encontro e chego à conclusão que a tal coisa que eu tinha para contar não o fiz…

Scary...

 

Bem e daqui a nada acabo o post sem dizer o que realmente quero…. Vamos a isso, concentração.

 

Who the hell is MOODYS que se acha no direito de vir mandar postas de pescada sobre o rating financeiro da Togólândia??? Que isto tá mal, todos sabemos… não há necessidade de vir praqui espezinhar-nos. Classificar-nos como lixo??? Ou aumentármos o risco de crédito para os 9 pontos, ou coisa que o valha, situação nunca antes vista, ou seja, estamos pior do que no ZERO, já ultrapassámos a largamente a base da escala, estamos bem lá para baixo, e a descer vertiginosamente sem rede e sem paraquedas….

 

É que estes génios economistas das agências de rating, passaram de uma classificação vá, normal, para mês e meio depois estarmos no lixo…

 

Será que só eu é que não entendi com que critério é que nos classificam como sendo normais e nos dão um risco de credito de 4 a 5 pontos durante ANOS e depois basta mês e meio para afinal sermos lixo e termos um risco de crédito de 9 pontos…

 

Quer dizer há mês e meio estávamos bem, certo??? Há mês e meio eramos ricos, vá ok, eramos endinheirados, normais vá.

 

Alguém pode fazer um rewind please??

 

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23
Fev 11
publicado por Muito Mais Branco, às 13:06link do post | comentar

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Há dias em que os sonsos wanna be queques me transtornam. Não ao ponto de me assustar com a sua evolução para o mundo dos real queques mas apenas até ao ponto em que me passo e começo a vociferar bem alto, ao ponto de gritar como se padecessem de surdez e não de falsidade. Não suporto pessoas falsas. Não aguento sequer ouvi-las. Que elas sejam falsas para a mãe ou para o pai ou para os amigos ou para o raio que as parta é na boa…. Mas para mim????!?!??!?!!!! Of all people in the world, é comigo que querem se armar em queridinhas, quando na realidade são umas hipócritas fingidas, sonsas e falsas e mentem com todos os dentes que têm na boca, e mentem à minha frente, sabendo elas que eu sei que é MENTIRA…

 

Aquela forma manhosa com que falam, muitas vezes com um ar cândido e ingénuo, como se fossem meninas de coro, aquelas (solteironas) que aos 35 ainda só foram prá cama com 3 homens, nem mais um, córror… sim porque 3 é o número ideal, é o número que ninguém desconfia, que as coloca com a aureola na cabeça, com ar de pessoas de bem, afinal são umas put@s santas que não andam ai na cama de qualquer um … pois é, me engana que eu gosto….. Não as suporto. Antes prefiro a vaca chapada, aquela que não tenta enganar, a boazona que usa o decote até ao umbigo e que diz à boca cheia que era a coqueluche do exercito, que não houve um cabo raso que lhe tivesse escapado e que sem papas na língua diz coisas impressionante a roçar o chocante e não tem qualquer pudor.

 

A falsa, a altamente fingida, a excessivamente dissimulada e sobretudo a afectada armada em fina não engana ninguém. Ela bem pode achar que sim, mas a única pessoa que engana é a ela própria. Tenta enganar, porque lá no fundo bem lá no fundo ela sabe que é uma fingida, mas não sabe ser de outra maneira…. so sad.

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19
Jan 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:42link do post | comentar


Sem título

 

 

Este fim-de-semana, se o tempo contribuir, irei fazer aquilo que mais gosto: VOAR, e por isso, no Domingo, não temos pena, mas não será por mim que o Cavaco continua a presidir esta república das bananas.

 

Ah e tal, devias cá estar, devias ir votar, é uma obrigação, e depois se não votas não podes dizer mal… sabem que mais: PUT@ que os P@RIU a todos!

 

Nem que me pagassem eu ia trocar um fim-de-semana a brincar com a gravidade, para contribuir com o meu voto para a gravidade que se encontra o nosso país. E já estou comà outra, tenho vergonha… muita vergonha das patarecas que foram despejar as cinzas do irmão para o respiradouro do metro de Nova Iorque e tenho vergonha que o Emplastro seja notícia lá fora e tenho vergonha desta nacional palorice e para além disso tenho vergonha de termos apenas 2 tristes candidatos à Presidência, um a atirar pró aldrabão, é que há quem diga que, ao contrário do que anda para ai a pregar, de justo e solidário não tem absolutamente nada, e o outro que, apesar de ter um doutoramento em economia (dizem), não se apercebeu, coitado, nem ele nem a filha, tadinhos, que estavam a comprar acções do BPN por metade do valor de mercado. Seria algum favor que lhes estava a fazer, o então presidente do banco? Naaaaaa, não acredito, credo, isso seria muito mau…assim encaixar em 2 anos uma quantidade tão grande de euros, isso dava um pouco nas vistas. Também deve ter pensado que passava despercebido, o encaixe do Mr. President era para meninos de coro, afinal houve quem tivesse gamado quase 10 mil milhões de euros, coisa pouca, nada assim do outro mundo, estamos na Tugólândia, somos ‘pobres’…estamos em crise financeira, já nem trânsito há na A5, como é que alguém, qual Madoff, mas com a sorte de ser Tuga, rouba tanto euro??? Impossível…

 

Pois… é melhor calar-me, é que pela boca morre o peixe e eu ando práqui furiosamente a comer pastilha elástica, ainda corro o risco de trincar a lingua… é melhor parar.

 

Não! Não vou votar, tenho dito!

 

Ah e também acho muito mal darem o Domingo para a malta votar, deviam dar o domingo E A SEGUNDA, assim podíamos ir passear no fim-de-semana (que é para isso que ele serve), e depois na segunda ir calmamente votar. Quem é que, no seu perfeito juízo, troca um fim-de-semana fora, pelo Cavaco ou pelo Alegre? Nossa! Venha o diabo e escolha… Ando práqui convencida que haveria muito menos abstenções (e talvez mais votos em branco) se pudéssemos votar também à segunda.

 

E com esta vou pensar no que fazer hoje para a janta com os manos. Fui…


23
Dez 10
publicado por Muito Mais Branco, às 17:20link do post | comentar


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Andava eu ontem, atarefada enquanto tirava loiça da máquina e ia preparando o jantar, entretanto ajudava a Francisca no banho, a lavar a cabeça, e ao mesmo tempo preparava o pijama que ela ia vestir a seguir e entre um salpico e outro lá punha a mesa, sim, isto tudo ao mesmo tempo, tenho sorte, sou mulher… e enquanto andava eu a fazer isto tudo ia ouvindo as dicas de beleza da Ana Rita Clara, no programa Mais Mulher.

 

Ás tantas começou a rubrica ‘be my guest’ com a Barbara Taborda, que vinha dar-nos propostas para o fim de ano. Quem me conhece sabe perfeitamente que eu não ligo bóia à passagem de ano, já a passei a viajar, a estudar e até já a passei a dormir…mas como gosto de ouvir as propostas da Barbara, e porque ando meia perdida com o que fazer na passagem de ano, embora não fosse assunto com o qual eu me preocupasse minimamente, por isso consegui ocupar só meia cabeça a ouvir as suas propostas e continuei (em piloto automático) a fazer as mil e uma coisas que me ocupava o físico.

 

Entretanto comecei a ouvir que o hotel X ia fazer uma noite inesquecível e inigualável, na piscina, em pareceria com a rádio Y e que ia ser ‘A’ noite da passagem do ano, para quem morava perto, na zona de Cascais, e que por ser nessa zona, que as pessoas, depois de dançarem all night long, poderiam ir dar um mergulho para festejar a entrada no ano novo.  Achei-lhe (à Barbara) alguma graça e parei de fazer o que andava a fazer e dediquei-lhe 100% da minha atenção. Ela continuou a dar outras sugestões e vai dai fala noutro hotel, desta vez em Tróia, em que as pessoas podiam entreter-se a dançar all night long, e se se fartassem poderiam ir jogar no casino e depois voltar para a disco, que ficava na praia e por fim poderiam eventualmente ir celebrar o ano novo com um mergulho no mar (quentinho) de Tróia. Continuou para a zona algarvia, mais propriamente para a praia dos pescadores e claro finalizou a proposta com o já tão esperado mergulho de comemoração do novo ano, que segundo ela, será o melhor ano alguma vez vivido. Raios te parta os economistas, aqueles que se formam com uma média de 20 na católica, esses não percebem nada, não têm o 6º sentido apurado, não intuem que 2011 irá ser um ano fabuloso e que a crise, essa, morre com o frio do mergulho nas águas lusitanas de Janeiro.

 

Ou será que ela pensa que depois de umas valentes doses de drogas champanhe, até sabe bem, para curar a ressaca, a pessoa atirar-se nas aguas frescas da Tugólância? Granda maluca, vai lá vai….

 

Boas festas e melhores entradas é que eu vos desejo! E tenham cuidado com os mergulhos, não vá dar-se o milagre de até gostarem e depois é aquele inferno para quem mora na linha, já basta a evasão do pessoal do burgo nos meses de verão, vamos ficar por ai, boa? Esqueçam lá a praia em Janeiro, ok?

 

Agora fui.


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Dez 10
publicado por Muito Mais Branco, às 12:14link do post | comentar

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Este ano sinto falta do XMAS mood…. Do ‘there’s something about Christmas time that makes you wish it was Christmas everyday’… é Natal mas não me sinto nada natalícia….a árvore está feita, as luzes piscam, a casa está decorada, enfim….tá lá tudo mas falta o espírito….

 

Para ajudar ao mood, fui às compras ao Pingo Doce, (não sou fã das ditas ‘grandes superfícies’, prefiro mercearias ou supermercados pequenos onde me despacho e só compro o que realmente preciso) … adiante, estava eu a contar que fui ao PD e, como vou lá amiúde, um cesto basta-me (não preciso cá dos carrinhos que andam sempre a fugir para um lado e nós sempre em guerra a puxar para o outro, uma canseira…) e estava eu na bicha para a caixa quando à minha frente estava uma senhora muito mal comida humorada, que estava a comprar o PD quase todo, e já depois de tudo registado e pronto a ser pago ela calmamente ia pondo os produtos nos sacos e depois arrumava-os cuidadosamente no carrinho, ia cautelosamente equilibrando o peso dos sacos, para que não ficasse nenhum demasiado pesado, e fazia tudo isto tranquilamente de trombas e (verdade seja dita, não tinha razões nenhumas para se apressar, não é como se tivesse alguém à espera dela para a comer receber) com a displicência de quem carrega uma cruz daquelas pesadas pelas costas, e nesta época de Natal era um peso que ela tinha que carregar e que por se estar a dedicar à penosa tarefa das compras mensais (presumo eu, já que não a via a morar com alguém (talvez com a mãe)…. vai na volta até morava com o consumidor mor dos produtos PD e dai a cruz pesada de ter de viver com alguém que comia muito de nada que a envolvesse), confesso que tive alguma pena da senhora, e por isso fiquei sossegada a folhear uma daquelas revistas cor-de-rosa, muito úteis nas caixas de supermercado, enquanto a observava a empacotar os produtos, para alguém que a esperava, não a ela, mas à comida que ela trazia… que cruz… e eu esperei, e esperei e de repente apercebo-me que a minha bicha era a maior do PD, pensei nas pessoas que estavam a trás de mim, coitadas, identifiquei-me com o que poderiam estar a pensar ‘vou sair desta bicha e vou mazé para a outra caixa….’ ou ‘não mais vale ficar por aqui, se for para a outra é esta que se despacha e vou ficar agarrada e arrependida’ ou ‘dasse será que a velha se mexe ou quê?’ pensamento acompanhado de expressões antipáticas, de quem está de facto intensamente incomodado com a espera.

 

Até que reparo na criatura que está mesmo atrás de mim e verifico que a rapariga apenas trazia um pacote de caldos Knorr na mão…indignei-me…como é que há alguém que vem comprar um mísero pacote de caldos (perfeitamente dispensáveis) e fica pacientemente à espera naquela que foi ontem a maior bicha do PD de sempre…gabei-lhe a paciência e apoderou-se de mim um mini espírito de Natal e deixei-a passar à minha frente, mas o espírito dissipou-se rapidamente quando o ditos caldos não traziam o código de barras e por isso não passavam na máquina e teve que se chamar o encarregado que andava a ‘fazer piscinas’ de um lado para o outro (passou-me pela cabeça arranjarem-lhe uns patins, sempre lhe dava alguma adrenalina e sobretudo rapidez para gerir as 3 caixas que naquela altura estavam abertas), e demorou 3 dias e mais 6 meses a substituir os caldos por uns que tivessem o código. Bem os olhares encolerizados dos que esperavam atrás de mim eram tais que deu para perceber que espírito de Natal ali já era…

 

Vou ali ao PD sugerir que ponham a tocar musica de Natal, como som ambiente, durante esta época, para ver se as pessoas amolecem e se tornam mais tolerantes (eu inclusive) …. FUI!

 

 

I don't want a lot for Christmas 
This is all I'm asking for 
I just want to see my baby 
Standing right outside my door 
I just want you for my own 
More than you could ever know 
Make my wish come true 
Baby all I want for Christmas is... You


10
Nov 10
publicado por Muito Mais Branco, às 15:53link do post | comentar

 

 

Tenho estado práqui a cogitar (sim, confesso que sou dessas) enquanto faço uma pausa e como uma clementina (que está beliciosa – como diz a minha Xis, e como adoro ouvi-la dizer mal não a corrijo) e estou a ter uma epifania, que, em tese, poderia resolver a put@ da crise.

 

Ninguém já aguenta ouvir falar de crise… e nós, os Tugas vivemos em crise desde que (pelo menos) eu nasci. Porque nunca ouvi falar noutra coisa senão que não há dinheiro para nada e que levamos uma vida stressada do tipo: casa – trabalho – casa – trabalho – casa – respirar – trabalho – casa – trabalho – casa – trabalho – casa – respirar – trabalho – casa – trabalho – ansiolíticos – respirar – casa – trabalho – trabalho – trabalho – trabalho – trabalho – muda de ansiolíticos – casa – casa – casa – respirar – casa – respirar – casa – casa – casa – casa…

 

Estava eu a pensar em respirar quando se deu a revelação, neste meu cérebro, ou antes no que sobra dele (depois de passar por uma adolescência acredito que metade do cérebro desaparece) e lembrei-me que dia 24 está marcada uma greve geral. Nunca liguei bóia às greves, apenas estou atenta para não vir trabalhar nesses dias, que, regra geral são um caos no burgo.

 

Mas admito que desta vez estou seriamente a pensar aderir à greve. Não é uma adesão real, pois eu faço parte do sector privado, mas seria uma adesão solidária e aqui entra o aha moment, é que se TODOS grevássemos, mas grévassemos À SÉRIA, assim como os nossos quase vizinhos franceses fizeram quando lá na França decidiram aumentar a idade da reforma para os 62 anos (era 60), talvez fosse possível fazermos um outro golpe de estado, de forma a enxadrezar a assembleia da república. Assim eles, governo, deputados e afins, poderiam ficar todos juntos a discutir como tirar o país da crise, e só poderiam sair quando encontrassem uma solução que (pessoalmente) me agradasse.

 

Qual povo de brandos costumes qual quê??? Onde é que tanta polidez e delicadeza nos levou? Vejam lá o exemplo dos franceses que revolucionaram o país por ter sido aprovado um aumento de DOIS anos à idade de reforma… Bora ai armarmo-nos em francius e desatar a queimar carros, mas podemos começar pelos carros ali estacionados na assembleia, assim como assim, enxadrezados, os nossos governantes não irão precisar dos topo de gama da BM ou coisa do género que, nós Tugas, andamos a pagar há anos. Tamanha amabilidade e diplomacia é, convenhamos, um enorme exagero, não vos parece??

 

Agora vou ali colar uns cartazes a dizer ‘ADIRA À GREVE DO DIA 24, E AJUDE A RESOLVER A CRISE ENGAVETANDO O GOVERNO E AFINS’

 

Fui.


02
Nov 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:13link do post | comentar | ver comentários (6)

 

Acredito ser uma criatura inteligente. Pronto, já disse. Ok não sou inteligente tipo genial do género einsteiniano….não… confesso que não sei fazer integrais triplos, mas tenho alguns neurónios e sei processar alguma (pouca) informação. Digamos que de zero a dez, sendo zero equivalente ao QI de uma lesma e 10 ao do Einstein eu estarei entre os 7 e os 8, vá, mais coisa menos coisa.

 

É assim que eu me considero apesar de por vezes me sinta totalmente parva, ou não fosse eu influenciada pela triste média Tugolesa, que se deve situar entre os 2 e os 3. Adiante. Sendo eu uma pessoa cuja capacidade de processar informação está, digamos, acima da média, e sem querer parecer convencida, porque assumo já que sou, vejo-me balançada a fazer aqui uma revelação. E vamos ter (o que a Oprah chama de) um ‘ahá moment’.

 

Já pensaram como seria a Tugólândia se TODOS pagassem impostos? Como seria maravilhoso ter os hospitais sem filas de espera, as repartições das finanças vazias, as escolas a funcionarem, as estradas limpas, as pessoas bem-dispostas na rua. Seria tão bom que a put@ da crise nem nos afectaria. Estaríamos a observar, o resto da Europa, e seriamos um case-study, um exemplo a seguir. Já não nos chamariam de PIGS. O FMI viria obter conselhos dos chefes de estado da Tugolândia e seríamos todos orgulhosamente Tugas. Seria bom, não seria? Mas não será. E não será porquê?

 

É, em tese, relativamente simples, basta que TODOS paguem o que devem. Simples. Mas nós Tugas, temos os valores trocados…admiramos quem é esperto o suficiente para fugir ao fisco, como é que não entendem que se há um a fugir aos impostos há outro que tem de pagar o dobro…

 

Já mais vezes do que as que gostaria assisti (atónita, ou não fosse eu contabilista) à gargalhada geral em jeito de admiração, entre seres Tugas, quando um conta como arranjou um esquema para pagar menos imposto e que arranja facturas para recuperar o IVA e que é (xico-esperto) o maior e nós, que o ouvimos estupefactos, somos todos uns otários (ou pelo menos assim nos sentimos) porque pagamos impostos. Já me senti parva e otária muitas vezes, mas vou passar a demonstrar fisicamente (ainda mais) o meu desagrado por este tipo de atitudes, e como desbocada é uma das minhas principais características, espero não ter de vir a assistir a mais um xico-esperto a contar-me como me anda a gamar mesmo debaixo do meu nariz …porque garanto que parto para a agressão. Tenho dito.

 

Don’t wait for everything to be perfect. Be the change that you want to see in the world. Faz a tua parte….eu vou fazer a minha. Fui.

 


21
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 10:37link do post | comentar

 

O Socrates vai aos estados unidos vender divida tuga… o Zapatero também vai, embora vá vender a divida espanhola (que me parece, assim de repente, mais valiosa que a nossa)…ups pérái a divida tuga tem valor? WTF… Alguém dá um tosto pela nossa divida?? Amazing….

 

Vou ali perguntar ao Socrates, se ele não quer levar a minha divida e vendê-la também…. Fui!


14
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:27link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Já cá ando há uns aninhos, e há muito que sei que já não há palavra. Nós, Tugas, não temos palavra (nós, salvo seja...). Ou há guita ou então o compromisso já era… pois… é o que se chama evolução dos princípios… dantes bastava a palavra, a palavra era de honra, agora ou há contrato assinado e guita na mesa ou não há nada para ninguém, a honra já era e a palavra não vale a ponta. É assim, e convém habituarmo-nos rapidamente à ideia de que ‘em Roma sê romano’ e é assim pronto, nada a fazer, vivemos num país que ninguém honra os compromissos que faz por isso estamos à espera de quê? Milagres? Eu tenho muita dificuldade em ser romana…

 

Não sei se é só comigo, mas a mim sempre que compro qualquer coisa, há sempre um sacana qualquer que me passa descaradamente um brutal atestado de pura idiotice, e afirma em alta e boa voz para quem quiser ouvir o espertalhão: ‘mas foste comprar isso por esse valor?!!?!?! Eu arranjava-te igual mas muito mais barato’ como se eu fosse uma idiota chapada, e fosse engrupida sempre que compro alguma coisa.

 

O que é que isto tem a ver com a (falta de) palavra, perguntam vocês? De repente nada….

Mas acontece que tenho a minha casa para arrendar, veio lá uma rapariga interessada em arrendá-la, vitima dos tais sacanas (suponho eu), que depois de lá ter ido 2 vezes, de dizer que A-D-O-R-A-V-A a casa e que precisava dela como pão prá boca, com a máxima urgência até ao final de Setembro, e eu ter feito das tripas coração para arranjar casa/sitio para ficar enquanto a minha outra casa não está pronta, tendo em atenção que a tal rapariga tinha um filho pequeno e que 'precisava mesmo mesmo mesmo de casa até ao final do mês'… depois de ter tudo arranjado, chateado meio mundo para me ajudar, organizar filha + gatos a tal rapariga ‘vitima’ enviou-me sms a dizer que afinal já não queria a casa (ponto).

 

Tou mesmo a ver… a rapariga encontrou um desses sacanas espertalhões, que se passa por amigo, disse-lhe que tinha arranjado uma casa, ele perguntou por quanto, ela ingenuamente respondeu, e ele deu-lhe a frase da praxe ‘o quê? Essa casa por esse valor? Tás parva????? Eu arranjo-te melhor e mais barato!’ e voilá, ela (vitima e parva) envia-me um sms cheio de desculpas, palavras que não valem nada, e o acordo que tínhamos era apenas um semi-acordo, um semi-acordo sem guita e sobretudo sem palavra…. nem teve a decência de me ligar e FALAR comigo, foi por sms e já tá….

 

Cá na Tugólândia é assim, há sempre alguém preparada para nos fazer sentir mal… sempre algum ‘amigo’ que comprou melhor, mais barato, mais giro, e nós é que somos parvos. Há sempre o tipo xico-esperto que conseguiu o melhor negócio do mundo, muito melhor que o nosso… e nós ou somos fortes para perceber que os ditos sacanas são uns mentecaptos indecentes e que estão a tentar valorizar-se à nossa conta ou então sentimo-nos autênticos imbecis e ficamos de neura.

Eu escolho ignorar…. Até nem levo a mal a tal rapariga (vitima de amigo falso e sacana) ter desistido de arrendar a minha casa, it was not meant to be. Assim sempre me voltei a lembrar que existem sacanas que se passam por amigos (da onça) e acabei por me sentir mais forte…

 

Agora vou ali empacotar mais umas coisas que tenho um feeling que vou arrendar a casa ainda esta semana….Fui.

 


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