"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
15
Mai 12
publicado por Muito Mais Branco, às 16:52link do post | comentar

Ok ando muito ocupada sem tempo para nada, e a vida é um inferno e nem para me coçar tenho tempo e ando sempre a correr e ai meu deus que estou sempre atrasada e ade ade ade.... desculpas é o que é....

 

 

 

Tempo há sempre. Isto é, se se quiser mesmo mesmo mesmo há tempo.... o que aconteceu é que o blogue deixou de ser prioritário, é mais por ai....

Trabalho sempre tive muito (e não me queixo nem um bocadinho) e sempre encontrei tempo para fazer tudo o que me apetece. O que significa que não me tem apetecido muito escrever....

Mas o facto é que eu começo a ressacar de não escrever. Acho que (salvo rarissimas excepções) consigo expressar-me melhor na escrita do que pela via oral.

Por isso mudei de look, adoptei um estilo mais classico menos espalhafatoso, limpei a cara e agora vai disto!

 

Me aguardem!

Fui (mas volto já)..... 


11
Nov 11
publicado por Muito Mais Branco, às 14:20link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 

 

Ultrapassa-me como é que alguém tome um duche, se lave, com sabonete e que tais, e não lave a gadelha, suada, transpirada, a pingar, depois duma aula violentíssima de bodycombat. Eu ando para lá aos murros e pontapés durante uma hora, em que consigo, nos intervalos dos murros, beber ¾ de litro de água e ainda transpirá-la toda, e o meu cabelo, que, ok, não é lá grande juba, fica completamente encharcado e mal acabo a aula urge em ser lavado.

 

Aliás eu saio da aula a arfar, tipo cão depois duma corrida de 100kms pelo deserto, e preciso desesperadamente de primeiro, ingerir a maior quantidade de agua possível de forma a continuar a respirar, e sem me engasgar, segundo, despir-me, o que só por si não é tarefa fácil, pois toda a roupa está colada à pele, e terceiro, vou assim como vim parar ao mundo a correr (qual Brook Shields na Lagoa Azul, mas menos nova e boa), como se quisesse ganhar a medalha de ouro, quer dizer, bronze dos 100mts, para o duche e consigo manter-me debaixo d’agua fria uns 5 minutos, em pleno estado “O” a recuperar de tamanha impetuosidade física, marcada sobretudo pela intensidade do treino, que é altamente eficaz, uma vez que a força dos murros/pontapés, é proporcional ao ódio que conseguimos manifestar durante o treino perante uma pessoa imaginária a quem estamos furiosamente a esmurrar. Como neste momento não odeio ninguém, ou pelo menos não odeio ninguém que mereça o meu ódio, imagino o Socrates, depois o Armado Vara, depois o Cavaco, depois ao Dias Loureiro, passando pelo Mira Amaral e volta ao Socrates e de uma forma geral à falta de classe política Tugalêsa.

 

Mas o que me choca, para além da falta de coluna vertebral da cambada de gente que nos desgoverna, é, sem dúvida, haver raparigas que depois de uma aula tão pujante como a do bodycombat não vão imediatamente lavar a cabeça. Choca-me pronto. Ok, a pessoa tem que aceitar a diferença e tal, MAS minhas amigas, não lavar a cabeleira suada é tão mau como fazer a aula toda e não suar nada.

 

Sim também existem dessas, que não devem odiar ninguém, nem sequer os políticos corruptos, pois fazem a aula como se estivessem a mexer o esqueleto o menos possível, não vá partir-se, e que nem um pingo de suor vertem. Ok, essas, dão-me raiva, mas ao menos ajudam-me nas aulas, pois olho para o treino delas e apesar de estar de frente ao espelho, observo-as pelo canto do olho imaginando que se por acaso eu lhes tivesse a bater com aquela intensidade se elas mantinham o esqueleto intacto ou se acabavam por se desfazer. Vai na volta sofrem de osteoporose e não podem ser mais activas do que aquilo, ou então foram operadas aos joelhos, ou então são apenas hipocondríacas, e eu práqui a dizer mal…shame on me....

 

O problema deve ser meu, é que bebo muita e depois dá nisto de suar e ter que lavar a cabeça, é isso…. 


21
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 10:53link do post | comentar | ver comentários (2)

Exmos. Senhores,

ONEY

 

Lisboa, 21 de Outubro de 2011

 

ASSUNTO: CARTÃO JUMBO – CONTRIBUINTE XXXXXXXXX

 

 

Recebi um sms vosso para o meu telemóvel (XXXXXXXXX) o qual me surpreendeu sobremaneira. O sms estaria a cobrar-me 5,20€ da ‘não utilização do cartão JUMBO’.

 

Ainda mais surpreendida fiquei uma vez que não utilizo o cartão JUMBO desde 2004… Já nem sequer o tenho…

Assim, gostaria de perceber se o que me estão a pedir para pagar é pela ‘não utilização do cartão’ ou se é alguma ‘esmola’, para não chamar outro nome menos simpático, pois é no mínimo estranho que me estejam a cobrar agora um valor sobre um produto/serviço que eu não utilizo há 7 anos…

 

Não vou pagar 1 cêntimo porque não concordo com a divida que vocês dizem que eu tenho para com o JUMBO.

 

Acho um abuso de confiança e até soa a vigarice pois não é admissível que eu seja incomodada com estes assuntos quando deixei de ser cliente JUMBO há 7 anos.

 

Mais informo que devem proceder imediatamente ao cancelamento do contrato que dizem ainda estar activo, apesar de eu só ter tomado conhecimento disto 7 anos depois, mantendo eu o mesmo número de telefone que tinha aquando da elaboração do contrato. Só 7 anos depois é que me contactam, será da crise?

 

Sinto-me incomodada com isto e sobretudo sinto que me estão a querer ir ao bolso pois devem pensar que por quantias tão pequenas as pessoas, na sua maioria, preferem pagar e calar para não se chatearem, mas comigo não têm a mais pequena sorte.

 

Agradeço que tomem as diligências necessárias e não me voltem a incomodar.

(AHHHH e desta vez não tive problemas na forma como me despedia, nem duvidas... não me despedi - ponto -)

12
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 15:21link do post | comentar

 

tandem 744

 

 

Estamos nós, o Z. e eu prontos para iniciar a excursão que nos ia levar ao suposto berço da humanidade, à ‘cidade da paz’, como ironicamente era inicialmente chamada, hoje em dia, vulgo Jerusalém, sentados no autocarro, algures em Tel-Aviv, a aguardar. Tínhamos acordado pra lá de cedo, e estávamos, 2 horas depois à espera. Esperávamos tudo, menos o que acabámos por encontrar.

 

Longe estávamos nós de imaginar que a ‘cidade perfeita’, era exactamente isso, perfeita. Perfeita na harmonia das ruas, na riqueza dos materiais usados, na beleza dos templos, igrejas e sinagogas, nas cores neutras e ocres, equilibradas entre outras mais vibrantes, como uma orquestra de paredes de pedra polida ou de pedra madeira, em que tudo era construído, transmitindo uma sensação de mansidão visual, sem choques de falta de planeamento urbano, como estamos nós, Tugas, habituados a ver pelo burgo.

 

Perplexos com a beleza dos mosaicos, naquele ‘labirinto’ ordenado e de certa forma unido, ligado por um Deus que se sente a pairar sobre nós, omnipresente, mesmo para os não crentes, como eu, e, com a certeza que estávamos perante uma terra que tinha tanto de sagrado como de opulento. As multidões cercavam o muro das lamentações, numa tentativa frustrada de pertença. Nós não pertencíamos ali. Por muito respeito, muito recato, e muita abstinência nos sinais exteriores de riqueza que pudéssemos abraçar, nós éramos significativamente diferentes. E era essa diferença tão sentida que nos chocava sobremaneira. A diferença cultural era um poço sem fim, excessivamente atraente e ao mesmo tempo demasiado sufocante.

 

Mas enquanto estávamos na expectativa, à espera, sentados no autocarro arejado e fresco, antes de iniciarmos a excursão, estava um casal americano de meia-idade com uma filha nos seus vintes loira e enxurrada de adornos dourados, como se para um baile de finalistas brega fosse, mas que nos proporcionou momentos de risota pegada. Elas, apesar de típicas americanas, percebemos nós, tinham origem russa, pelo que fruíam de um corpo elegante, e nisso, só nisso, destoavam das vulgares americanas, em tudo o resto eram iguais. O sotaque, o ar superior e altivo com que miravam o guia e o motorista, o jeito arrogante e pespineta com que faziam questão de se exibir, eram em tudo puras americanas, vinham de shorts e tank-tops, alias, vestimenta muito apropriada para quem vai visitar um local sagrado.

 

Muito pelo contrário, o marido, era um cool, não estava nem ai para elas. Deixou-as sentarem-se ao lado uma da outra, e ficou pacatamente no banco ao lado. Em toda a excursão manteve um charuto apagado no canto da boca, que tirava apenas para falar.

 

O Z. e eu estávamos sentados mesmo atrás das americanas. Enquanto esperávamos o autocarro arrancar, eram muitas excursões, e por isso a coisa levou um certo tempo, elas estavam furibundas, fartas de esperar e indignadas com a ‘falta de organização’ típica de quem nunca organizou nada.    

 

Mãe histérica para o Pai zen: ainda estamos a tempo de desistir, pedimos o nosso dinheiro de volta, e temos um seguro que nos permite ter um reembolso do que pagámos, e podemos ir depois com um guia particular em vez de estarmos aqui neste autocarro imundo e a cheirar mal, sem condições nenhumas! Parece incrível, isto não se faz, nós pagámos e estamos à espera há séculos, e está tudo mal organizado, eu por mim cancelava já isto e accionava o seguro, não achas? (pergunta à filha, a filha diz que sim com a cabeça) É que estamos aqui à espera, e sinceramente eles estão a tratar-nos como lixo, não merecemos este tipo de tratamento. Temos um seguro de viagem que basta um telefonema para accionar, e não nos custa nada….(e continuou ad nauseam, qual disco riscado), CREDO como é que é possível…

 

O Z. e eu assistíamos à fúria da americana, atónitos, mas ao mesmo tempo encantados, pois lá nos íamos rindo do episódio. É que ela estava a ter um ataque de fúria, e ele, o pai, estava completamente blasè sem ligar a mínima, com um ar pacato e tranquilo, como se não a estivesse a ouvir.

 

Bom, definitivamente não era caso para tanto… Sim estávamos à espera, eram muitas excursões, mas estamos de férias…. Estávamos confortáveis, o autocarro tinha ar condicionado, okay, não era o último grito dos modelos de autocarro, e era com toda a certeza bastante mais pequeno do que os comuns autocarros americanos, mas era razoavelmente bom para estarmos cómodos e sem stress a aguardar.

 

Mas ela não tinha travões, continuou: sim, porque temos o seguro e podemos accioná-lo. Eu por mim ia-me já embora! Este autocarro é pequeno, desconfortável, sujo e está todo encardido…


Nisto o pai parece que ganha vida e diz: Sempre é melhor que a casa da tua mãe…


O Z. e eu não conseguimos conter a gargalhada que fingimos ser de qualquer coisa que vimos na rua.

 

Mas inteligente, muito inteligente, ou então conhecia muito bem a mulher que tinha, pois com esta ela ficou-se e nem mais uma palavra sobre o suposto autocarro imundo.

 

E foi assim que começou a nossa ida.

 

Já em Jerusalém, deram-lhes umas saias e uns lenços para cobrirem as pernas e os cotovelos, mas elas estavam mais interessadas em fazer compras do que aproveitar o que a cidade tinha para oferecer.

 

O pior cego é aquele que não quer ver.

 

Tão poucachinas que elas eram, credo!


03
Ago 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:55link do post | comentar

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Eu tenho um problema, não…. eu tenho vários problemas, mas nenhum que seja suficientemente interessante para partilhar num blogue.

 

O problema que eu arrogantemente considero partilhável, é que, ao contrário do que eu prego, julgo muito as pessoas pelas aparências. E claro que eu sei que não se deve fazer isso, e é o que digo sempre à minha filha: não penses que uma pessoa é pirosa só porque tem 5 anos e as unhas pintadas de rosa chock, pois TU tens 7 e eu até te deixo pintar as unhas da cor que bem quiseres – nas férias, e apenas e só nas férias - e TU não és pirosa, porque se TU fosses pirosa o problema não era teu mas meu…

 

Okay… posto isto, eu confesso que julgo pela aparência…. mea culpa, é verdade, vou autoflagelar-me…

 

Tento muito não ser assim, mas sou…. okay na volta não tento muito não ser assim, porque se tentasse já não era….que drama….. bom… não é asssssim tão mau, se fosse também não  partilhava aqui, antes ia fazer umas sessões de psicanálise ou o coiso e tal…

 

Eu tento racionalizar, tipo, ok a pessoa acredita que houve a Maria e o José e que dai a Maria engravidou do espírito santo e que depois nasceu o menino Jesus, eu tento muito respeitar as crenças alheias, tento muito não contra argumentar com as minhas crenças e com a minha maneira de pensar, e fico logo a achar que essa pessoa que acredita que a Maria era virgem, é uma criatura que não percebe nada da vida, mas depois vem a minha parte racional a dizer ‘lá tás tu Marta, a julgar pela aparência, na volta a pessoa é uma excelente alma uma mãe exemplar um ser humano altamente solidário e obviamente crente na religião católica e pura e quem sou eu, malvada, de pensar que a pessoa não percebe nada na vida, e eu ‘all mighty’ é que percebo’ e lá vou eu autoflagelar-me mais um pouco…    

 

Pois…. é difícil não olhar para um cigano e achar que estamos perante um ser caridoso, honesto e trabalhador…. mas penso que todos nós somos assim um pouco… na volta eu sou só mais que os outros….

 

Ainda ontem no bar do hotel, bar para estrangeiros com a musica ao vivo a condizer ao estilo de ‘sweet caroline, good times never seem so good’ eu a entreter-me com um gin tónico (pois só tinham licores esquisitos e coisas para turistas) enquanto observava a Xis a dançar no seu outfit bués de fashion (basicamente umas leggings e uma túnica) quando apareceu uma inglesa (ou alemã ou coisa do genero) e lá vem o meu lado critico a emergir e eu a escrever…. nem censuro a coisa nem nada, vai assim se chofre…. a tal inglesa ou coiso, vem toda rosadinha, tipo lagostim acabadinho de sair da panela, mais uma vez o meu lado critico a vir ao de cima e eu sem travões, inglesa essa que vestia um pijama, sim era um pijama, só pode… daqueles da hello kitty que se vende na H&M…. com a gata na perna do lado esquerdo em cima, e na sweat-shirt em grande.

 

Isto a condizer com uma bolsa da gata – com o feitio da cara da gata – e com umas sabrinas (que não eram más do todo?!?!?) brilhantes e pretas…. E a bifa achava-se linda, ahhhhh um facto mega importante, tinha uns 40 anos, ou aparentava ter…. por isso podia ter só 30 que elas não são lá muito cuidadas, lá estou eu outra vez….

 

Mas esta coisa de ‘don’t judge a book by it’s cover’ é muito giro, mas tem que ser ensinado e praticado e voltar a ser ensinado e voltar a ser praticado, porque é-nos natural…. Até a Francisca achou ridícula a figura da bifa…. E vai na volta ela é uma fashion designer que trabalha para a Elle, e tem o à vontade de vir para ali dançar de pijama, antes de se recolher…. E eu a pensar que era o outfit da gaja… é assim…

 

Fui…

 


14
Mar 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:11link do post | comentar | ver comentários (1)


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Aos meus futuros comentadores anónimos, pois ainda não tenho nenhum, mas gostava muito, adorava ter aqueles anónimos que escrevem coisas irritantes para depois a pessoa ter matéria para cascar neles. Faltam-me esses anónimos, mas tenho outros, ou outras, bem identificadas que me dão matéria para blogar. Um grande bem haja a essas pessoas!

 

Precisamente por me entrarem pela vista, diariamente, pessoas, não anónimas, que me dão inspiração para escrever, eu fico-lhes grata, muito grata. Acho muito engraçado observa-las, como são ocas, fúteis e frívolas, faltam-lhes substrato, e tornam-se fáceis demais de interpretar. Fáceis de ler. Fácies de conhecer e de vomitar logo a seguir. Há políticos assim também, mas não tenho tamanha proximidade deles para me darem a tal inspiração necessária para escrever. Na realidade elas (pessoas ocas, fúteis, frívolas e sem substrato) gostariam de conseguir ser mesmo falsas. Esforçam-se. Mas, talvez por serem vazias, são tão facilmente descodificadas que nem dá pica. É como aqueles ‘where is wally’ nível 1, ou tutorial, em que em menos de um piscar de olhos já demos com o wally. Não dá pica. Mas fazer o quê? É o que temos….e já dizia o outro ‘se te dão limões, faz limonada’ ora a mim dão-me ocas supérfluas e sem substrato, vou fazer o quê?

 

Devo confessar que acho alguma graça. Apesar do nível ser o do tutorial, acabo por achar piada. Por exemplo ouvir alguém a sussurrar uma música que está a dar na rádio é suposto querer dizer que se está feliz, contente, bem-disposta, que se está de bem com a vida… ou então não… se estivermos a falar das tais pessoas ocas, vazias, frívolas e fúteis, ao nível do tutorial, quer dizer que se quer dar essa impressão, quer parecer-se estar feliz, alegre. É essa a mensagem que se quer passar, ao sussurrar as músicas da rádio. Mas quando nunca (em 5 anos) se sussurrou NADA, começa a suar estranho. É aqui que entra a minha observação curiosa, e percebo rapidamente, que a falta de substrato é reveladora dum certo encantamento, parece que se quer enganar alguém, mas até tem a sua graça, porque o efeito que se pretende passar sai completamente ao lado. Sai furado. Chega a ser ternurento observar uma adulta a tentar fingir que está feliz através do sussurro musical.

É como o Wally, a tentar passar despercebido com a sua camisola das riscas vermelhas (ou antes, encarnadas, pois falo duma wanna be queque), no meio da praia vazia. É obvio que todos o vêem.

 

É engraçado, nestes casos, fingir que não se percebe e fazer um dueto. Depois, ao sussurrar a melodia, com uma suavidade superior e com aquela doçura cândida, como se estivéssemos, nós também, de bem com a vida e transmitimos uma alegria contida, uma alegria angelical, inocente, pura, aí olha-se a criatura de frente: olhos nos olhos e eis que se calou de imediato, assustada e surpreendida com a reacção de quem era suposto ficar calado, mas que, como não queria incomodar apenas sussurrou a melodia em conjunto.

 

É como o Wally estar na praia e alguém passar ao lado com uma camisola igual. Aí é que começa a confusão. Já não se percebe quem é que se quer enganar… É giro perceber estas coisas e encontrar o Wally no meio da pequena multidão da cabeça de um adulto. É giro sim senhora.

 

Agora vou sussurrar aquela musica dos Gun que é mais ou menos assim ‘I hate the rain and sunny weather and I hate everything about you…’ 

 


11
Mar 11
publicado por Muito Mais Branco, às 13:57link do post | comentar

 

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É mais forte do que eu… tenho que descarregar práqui em jeito de longa rapidinha esta minha indignação sobre a raça humana. ‘Eu quando me julgo não sou ninguém, mas quando me comparo’…. disse alguém muito sábio, com toda a certeza uma pessoa muito (bem) vivida e conhecedora da estirpe humana mais grosseira e igualmente básica, e eu convencidamente identifico-me com este sábio dizer.

 

Existem seres que me repugnam pela tremenda falta de noção dos princípios básicos da humanidade.

 

Há uns tempos houve uma criança, salvo erro chamava-se Marta, que sofria de uma leucemia fulminante e precisava urgentemente de uma transfusão de medula óssea. Houve vários apelos para se ir doar medula ao IPO e vários centros de recolha abriram propositadamente para recolher sangue das pessoas, caridosas, que quisessem ir doar. Os requisitos eram poucos e bastava uma recolha de sangue para se entrar no universo dos dadores de medula. Nada propriamente muito difícil. E para quem gosta de praticar o bem, de uma forma geral, é peanuts, existirá caridade mais simples e menos penosa que doar medula óssea? Não custa mesmo nada, e a pessoa fica a sentir-se bem por ter doado, quer dizer, por ter entrado no universo do potencial dador. É egoisticamente gratificante fazer parte desse universo.

 

Mas existem seres, que supostamente deviam ter os tais princípios básicos da humanidade (tipo: não matar, respeitar o próximo, tratar os outros como gostaríamos de ser tratados e ade, ade, ade) e eis que surpreendentemente falham nestas coisas simples e tão fáceis de se ser bom. É tão fácil ser-se caridosa, tão fácil entregar um vidrinho de sangue para possivelmente salvar uma vida, mas há seres que optam por não o fazerem. ‘Córror, credo, doar a minha medula a alguém que eu nem conheço, córror’ é quase incompreensível, mas é verdade. Eu assisti. Ninguém me contou. Eu ouvi na 1ª pessoa e fiquei surpreendida. Não, surpreendida ficava se visse uma vaca a voar, fiquei indignada. É isso, indignada. Como é que as aparência enganam nestas pequenas coisas básicas de se ser civilizado, de se ser gente.

 

Devia ser obrigatório doar medula. Tipo recenseamento. É obrigatório o pessoal que atinge a maioridade recensear-se e doar medula (ponto). Era isso era. Quais pedidos quais quê… era logo, na junta de freguesia, havia um posto de recolha de sangue para dadores de medula. Já estava. Não havia credos, nem córrores nem nada disso. Era uma cena obrigatória e punível com prisão mínima de 6 meses. Seis mesinhos na choldra e vais ver se não doavas já a medula, até davas o braço direito é o que era…

 

E para finalizar o meu desabafo, deixo-vos (a vocês seres desprezíveis e básicos) um aviso: é que o peixe morre pela boca e what goes around comes arround e em bom tugólês cá-se-fazem-cá-se-pagam, e seria cómico, não fosse trágico, esse ser rudimentar AKA indígena, ignóbil, reles, vil e miserável, vir a precisar de uma medulazinha e não ter… pois não temos pena.

 

Devia ser obrigatório devia.


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