"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
26
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 17:15link do post | comentar | ver comentários (4)

 

 

Ele (carinhoso): Bom Dia Amor

 

Ela (de roupão e muito mal disposta): O QUE É QUE TU QUERES??? (MINHA GRANDE BESTA QUADRADA, IDIOTA COM QUE TIVE A INFELIZ IDEIA DE ME CASAR E AGORA TENHO QUE TE GRAMAR PARA O RESTO DOS MEUS DIAS SENÃO VOU PARA O INFERNO)

 

Ela (obviamente) perdeu uma boa oportunidade para estar calada. Ele, amoroso e querido, diz-lhe bom dia com uma voz meiga. Está obviamente de bem com a vida e quer transmitir a sua felicidade ao universo. Ela, que naturalmente acordou mal disposta, nem o ouve, ataca-o, vai-se a ele, como se ele fosse o inimigo com quem ela dorme. Está, na retranca, à espera que ele a chateie e nem dá pelo tom querido com que lhe diz bom dia e impulsivamente, como quem responde a uma besta-quadrada dá-lhe um verdadeiro ‘chega pra lá’ e o dia azedou. Nada a fazer….já azedou. Podemos mudar os diálogos e pôr a mulher como a querida e o homem como a besta, mas isso é demasiado comum para blogar, daí preferir esta versão. Tanto faz para o caso, mas prefiro.

 

Há tanta coisa que é desnecessária dizer…e já agora: temos 2 ouvidos e 1 boca, daahhhh???!!! Talvez devêssemos ouvir mais e falar menos, sei lá…


01
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:44link do post | comentar

 

Dizem que eu sou desbocada e que não tenho travões e essas cenas assim. Nunca percebi se é elogio ou, se pelo contrário, me estão a insultar, não tenho essa sensibilidade. Dizem que tenho diarreia verbal que não tenho noção do que digo e tal e coiso. Pois eu de sonsa não tenho mesmo nada. As vezes curtia mesmo fazer-me de parva mas não consigo fingir que não percebi, nem ser simpática quando não me apetece, nem fazer conversa de circunstância nem passar fretes. Já dei…. Ou tou bem ou então não tou.

 

No outro dia perguntei a uma amiga porque estava com cara de doente, assim digamos que encolhida, e ela respondeu em jeito de confidência ‘tou naquela altura do mês’ e eu ‘Qual?’ e ela baixa o tom de voz e sussurra-me ‘tou com o período’ a minha reacção imediata: (com um ar enjoado) ‘hãããã tu és dessas’, ela encolheu os ombros, como se implorasse o meu perdão.

 

Pois ela é daquelas que está sempre com dores de cabeça e eu sou daquelas desbocadas que tenho sempre de opinar e de meter o bedelho onde não sou chamada. Podia ser simpática e dizer algo querido e maternal tipo ‘ó querida, deixa lá, queres que te faça cafuné?’ ou então dizer algo solidário tipo ‘como eu sei o que sofres minha querida’ ou então dar numa de enfermeira e dizer algo do género ‘deixa lá, toma aqui uma aspirina que isso passa’…mas não. Eu sou destravada e sai-me sem pedir licença um ‘hãããã….tu és dessas’, como quem diz ‘pois a mim não me enganas’…. Fazer o quê?

 

Agora, analisando a coisa assim mais friamente, assim ao estilo marta black, o ser-se verbalmente atrevido tem o seu je ne sais quoi. É, por assim dizer, uma maneira de estar na vida que pode ser interessante e até pedagógica. Comigo ninguém desconfia, sou das que chamam gordas às gordas e não rechonchudinhas por simpatia… eu sou dessas. Má língua? Talvez, mas má-língua pela frente, não mando recados, por isso quando não gosto, não finjo que gosto e quando não gostam de mim e me dizem ‘na cara’ têm a minha mais profunda admiração, mas quando não gostam e fingem que gostam uiiiii tão fritos comigo…é ver-me a atiçar a capa vermelha e a chamar os touros pelos cornos, sim não deixo a coisa por menos, e a cena até pode acabar como lá prás terras dos nuestros hermanos, onde matam o touro (ou pelo, menos costumavam matar, mas a tradição já não é o que era).

 

Vou ali fora, ao campo pequeno, atiçar a capa a ver se aparece alguém para tourear…FUI.


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