"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
26
Mar 13
publicado por Muito Mais Branco, às 17:34link do post | comentar

 

Call centers - qualquer um! Ainda conseguem ser piores que a esfinge paneleira com óculos das finanças! Há dois tipos de call centers: os que ligam para nos vender qualquer coisa e os que somos nós a ligar (porque já compramos qualquer coisa).

No primeiro caso ainda a coisa é pacífica, ligam, eu atendo, percebo que me querem chular, calmamente digo «um momento», poso o telemovel na secretária e continuo a trabalhar tranquila. Geralmente quando me lembro do telemóvel já desligaram... na boa - pacifico.

No segundo caso é de loucos! Aconteceu no outro dia ter ficado sem internet e tive que ligar para a PT, ligo, atende o gravador onde somos 'obrigados' a ouvir as 9 opções (prima 1 para facturação, prima 2 para aumento de banda, (...) prima 9 para avarias), ok o meu problema deve ser avarias - penso eu - (os outros não tinham nada a ver) e lá primo o 9, oiço o gravador dizer «digite o numero que está avariado», eu digito o numero, espero 2 minutos e oiço uma gravação que diz que o numero inserido não tem nenhuma avaria e eis que a chamada acaba.

Volto à estaca zero e volto a ligar para o único numero geral, volto a ouvir as opções todas e no fim a gravação diz para eu aguardar em linha que vão passar aos serviços de atendimento. Entre o fim da gravação e o atendimento passam cerca de 10 minutos. Finalmente atende o parasita do outro lado e é quando a coisa deixa de ser relativamente pacifica e passa para a esfera da irritação... As tantas percebemos que o energúmeno não nos está a ouvir, e está antes a ler o texto que aparece no monitor dele.

O nosso nível de irritação começa a subir em flecha, primeiro por não conseguirmos passar a informação a um sacana que até para ler tem dificuldades, e sobretudo por não conseguirmos resolver o problema inicial (de estarmos sem net), damo-nos conta que a nossa irritação não está a afectar a aberração, alias o nosso nível de irritação é inversamente proporcional ao nível de tranquilidade da besta.

Seria cómico se não fosse trágico, ouvi-los repetidamente e com a mesma voz simpática, imunes ao nosso desespero, que a situação vai ficar resolvida em breve... Pergunto «breve???? breve quando???» e lá vem a voz zen e simpática da abetarda a repetir a mesma lenga lenga e no mesmo tom paciente «a situação vai ficar resolvida em breve minha senhora. A PT Comunicações agradece o seu telefonema, gostaria de colocar mais alguma questão?» esta frase engalinha-me, a irritação está ao rubro... desde quando é que se colocam questões???? Faz-se uma pergunta, ok... mas colocar uma questão??? Colocar onde? No frigorífico? Porque raio é que hoje em dia qualquer abetarda com olhos se julga a última Coca-Cola do deserto e enche o peito para dizer «deseja colocar mais alguma questão?»

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22
Mar 13
publicado por Muito Mais Branco, às 15:07link do post | comentar

O efeito BOOMERANG ;)

OU What goes around comes around! OU ainda: Cá se fazem cá se pagam!

Este tipo de know how devia simplesmente existir em cada ser humano, tal como o ar que respiramos: é gratis e precisamos dele para viver!

Quando conheço alguem que me pergunta qual o meu signo eu respondo que sou escorpião ascendente escorpião (nem sei o que quer dizer ascendente em linguagem de signos, mas sei que sou isso, seja lá o que 'isso' for) e reparo que há sempre um reacção mais marcada ao meu signo, do que aos outros signos. É comum haver uma reacção do genero 'hummmm tu és daquelas vingativas...' há uma mistura de curiosidade e receio: afinal é do senso comum que o escorpião tem uma natureza vingativa. Eu até acho piada as pessoas olharem para mim com aquele olhar de 'será que ela é vingativa?' e depois isto dá sempre pano para mangas, é um excelente desbloqueador de conversas....

Não me considero uma pessoa vingativa, essa característica do escorpião em mim não se aplica... massssss nem sempre fui assim.... quando era mais nova achava-me altamente vingativa, era essa a noção que tinha de mim, e como não agia nesse sentido (de vingança) acalmava a minha 'falsa' identidade com pensamentos do género «a vingança é um prato que se come frio» e lá se iam passando dias, semanas e meses até que me esquecia da razão que me motivou para a tal vingança.... e com o passar do tempo as coisas parecem menos importantes, e o sentimento mau de vingança desvanece.... até que me apercebi que eu não era o típico escorpião, não era nada vingativa, I couldn't hold a grudge, sobretudo porque me esquecia, porque a minha memória selectiva não guardava nenhuma informação no meu cérebro que implicasse o ressentimento relativamente a alguém; bom sem magoa e sem ressentimento não pode haver vingança.... tive um choque, foi brutal pois tive uma 'crise de identidade' e comecei a perceber que afinal não me conhecia tão bem quanto pensava, assustei-me: afinal who am I???

Fui fazer psicanalise, sim isso mesmo: eu deitada num divã, a desbobinar o que me passasse pela cabeça a um psicanalista «freudiano» a quem pagava para me ouvir.... fui com o objectivo de me conhecer... parece meio estupido: pagar a alguém para te ouvir para que TU concluas quem TU és.... fónix.... parece facil... pois é, mas não é.... tive lá 3 anos: give or take cerca de 300 sessões de 60 minutos: 18 mil minutos de psicanalise, parece muito... pois é, mas não é.... deixei de ir porque passei a ter outras prioridades e não por considerar que já me conhecia perfeitamente bem.

Acontece que somehow, nestes 18 mil minutos de trabalho (sim foi mesmo trabalhoso) consegui conhecer-me melhor. Uma das coisas que percebi é que o tal 'efeito boomerang' que devia existir em cada ser humano, sempre existiu em mim: nasci assim, fazer o quê??? Então o que percebi (que foi life changing) é que tudo o que fazemos de bom ou de mal volta para nós. Parece uma conclusão óbvia, mas não é... porque como em tudo na vida, é necessário perceber como funciona este 'efeito boomerang' e não é assim tão obvio:

These are the rules:

1. Não se pode estar à espera.
2. Não se pode ignorar, tem que se agir.

Não se pode agir bem só pela espera de recompensa futura (age-se bem porque sim, mas não para esperarmos que o bem volte para nós), ou seja, fazer o bem de forma altruísta e desinteressada. Se eu dou um presente a uma amiga, não posso ficar à espera que ela me dê um a mim também: it doesn't work that way... eu dou porque gosto de dar. A ideia é a pessoa dar (ou agir/ou ajudar) sem esperar nada de volta, mas que seja genuíno pois só se for genuíno é que volta para nós (através doutras mãos, de outras pessoas, de outras formas) e volta para nós na proporção do que demos e equivalente ao bem que praticamos; ou seja eu dou uma esmola de 5 euros a um pobrezinho, não significa que me vão dar a mim 5 euros um dia, apenas sei que o valor que os 5 euros representa para o pobrezinho virá para mim um dia, ou nesta vida ou noutra tanto faz, e poderá vir sob outra forma que não em dinheiro mas que equivale ao valor que esses 5 euros tiveram para o pedinte. You see my point?

Outra regra é não se pode ignorar o que nos é oferecido: se a vida nos dá limões TEMOS que agarrar neles e fazer limonada... não vale a pena ficarmos à espera das laranjas (ou do vodka) se a vida te dá (de mão beijada) os limões agarra neles e faz qualquer coisa deles enquanto estiverem maduros.... Se a pessoa ignorar o universo deixa de dar! É como em tudo: se eu ofereço todos os dias um café a uma colega e ela nunca aceita eu às tantas deixo de oferecer... Se o universo te dá, agarra, faz qualquer coisa...se não deixa de te dar….

Finalmente a vingança não faz sentido porque o efeito boomerang funciona para o bem E para o mal: se eu magoar alguém (propositadamente) vou ter a mesma magoa someday. Pode vir de outra forma de outra pessoa, ou de outra situação mas irei sentir a mesma dor na mesma proporção e equivalente ao que provoquei na outra pessoa.

É lógico que a pessoa tem de estar consciente: se eu magoar inconscientemente outra vou ter sinais que não posso ignorar para passar a estar consciente do que fiz, neste sentido é sempre preciso agir, não vale pensar «ok, magoei a pessoa X há 10 anos e só hj tenho consciência disso, já não vale a pena fazer nada...» vale sempre a pena, desde que ajamos genuinamente sobre a nossa consciência.

É isso.... tive que reler para ver se fazia sentido...

Keep smiling ;)


11
Mai 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:23link do post | comentar

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Tenho precisado tanto tanto tanto de ventilar práqui mas com a falta de tempo de que padeço está a ser praticamente impossível manter o blog… e deixá-lo morrer assim também não me apetece. Melhores tempos virão e eu terei mais tempo para me dedicar ao que realmente gosto de fazer, wishfull thinking é o que é…

 

Julgo estar como estão os toxicodependentes, vulgos drógados, antes de chutarem e estou tão ansiosa de acalmar a minha ressaca literária que as palavras atropelam-me e eu à procura da satisfação rápida ando às voltas com a droga do teclado que teima em enganar-se.

 

Bom, posto isto haveria muitas coisas para ventilar mas vou-me cingir, por agora, a duas: a primeira é a BIPOLARIDADE. Há, é certo, seres bipolares. Há os que estão a ser seguidos pelos médicos e que estão entre aspas sob controlo, enfim, andam calminhos e sob o efeito de drunfes e portanto não chateiam.

 

MAS há os outros, perigosos, que andam à solta, por ai, e que ainda não foram descobertos…. ou por outra já toda a gente os descobriu mas fica mal dar-lhes o nome de BIPOLARES uma vez que tal diagnóstico só deve ser feito por quem de direito e não por nós, o povo. Estes seres, de quem tudo se espera, de forma apreensiva, quando estão de alguma maneira ligados a nós são um verdadeiro perigo. Podem estar bem-dispostos e sorridentes e aparentemente de bem com a vida, como logo a seguir estão de trombas e amuados sem nenhuma razão aparente.

 

Um horror. Só visto. Não vejo nenhum animal (não humano) que seja assim. Daí concluo que a bipolaridade é um comportamento racional. Sendo racional como é que perdura?? Como é que a pessoa que anda por ai não diagnosticada, não se apercebe que tem comportamentos bipolares?

 

O outro assunto de que me apetece ventilar é sobre os mentirosos-compulsivos. Não sei se é um mal pior do que os bipolares, mas é no mínimo um mal que está ao mesmo nível. Os que agem de uma determinada forma e que depois confrontados com a deselegância (barra) falta de educação (barra) maneira escabrosa de falar ou agir (barra) total falta de respeito perante os outros (barra) indelicadeza brutal (barra) ofensivos (barra) injuriosos (barra) forma mesquinha com que trataram o próximo, negam veemente que tal acção lhes tenha alguma vez sido atribuída. ‘Nem pensar! Eu nunca disse isso! NUNCA!’ até ficam pasmados a olhar para nós de tal forma surpreendidos e atónitos que parece que nós é que somos os loucos-mentirosos.

 

E como que ‘cereja no topo do bolo, há os BIPOLARES-MENTIROSOS-COMPULSIVOS… é por isso que eu gosto muito dos meus gatos, ah pois gosto.

 

Fui.... mas volto.

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11
Mar 11
publicado por Muito Mais Branco, às 13:57link do post | comentar

 

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É mais forte do que eu… tenho que descarregar práqui em jeito de longa rapidinha esta minha indignação sobre a raça humana. ‘Eu quando me julgo não sou ninguém, mas quando me comparo’…. disse alguém muito sábio, com toda a certeza uma pessoa muito (bem) vivida e conhecedora da estirpe humana mais grosseira e igualmente básica, e eu convencidamente identifico-me com este sábio dizer.

 

Existem seres que me repugnam pela tremenda falta de noção dos princípios básicos da humanidade.

 

Há uns tempos houve uma criança, salvo erro chamava-se Marta, que sofria de uma leucemia fulminante e precisava urgentemente de uma transfusão de medula óssea. Houve vários apelos para se ir doar medula ao IPO e vários centros de recolha abriram propositadamente para recolher sangue das pessoas, caridosas, que quisessem ir doar. Os requisitos eram poucos e bastava uma recolha de sangue para se entrar no universo dos dadores de medula. Nada propriamente muito difícil. E para quem gosta de praticar o bem, de uma forma geral, é peanuts, existirá caridade mais simples e menos penosa que doar medula óssea? Não custa mesmo nada, e a pessoa fica a sentir-se bem por ter doado, quer dizer, por ter entrado no universo do potencial dador. É egoisticamente gratificante fazer parte desse universo.

 

Mas existem seres, que supostamente deviam ter os tais princípios básicos da humanidade (tipo: não matar, respeitar o próximo, tratar os outros como gostaríamos de ser tratados e ade, ade, ade) e eis que surpreendentemente falham nestas coisas simples e tão fáceis de se ser bom. É tão fácil ser-se caridosa, tão fácil entregar um vidrinho de sangue para possivelmente salvar uma vida, mas há seres que optam por não o fazerem. ‘Córror, credo, doar a minha medula a alguém que eu nem conheço, córror’ é quase incompreensível, mas é verdade. Eu assisti. Ninguém me contou. Eu ouvi na 1ª pessoa e fiquei surpreendida. Não, surpreendida ficava se visse uma vaca a voar, fiquei indignada. É isso, indignada. Como é que as aparência enganam nestas pequenas coisas básicas de se ser civilizado, de se ser gente.

 

Devia ser obrigatório doar medula. Tipo recenseamento. É obrigatório o pessoal que atinge a maioridade recensear-se e doar medula (ponto). Era isso era. Quais pedidos quais quê… era logo, na junta de freguesia, havia um posto de recolha de sangue para dadores de medula. Já estava. Não havia credos, nem córrores nem nada disso. Era uma cena obrigatória e punível com prisão mínima de 6 meses. Seis mesinhos na choldra e vais ver se não doavas já a medula, até davas o braço direito é o que era…

 

E para finalizar o meu desabafo, deixo-vos (a vocês seres desprezíveis e básicos) um aviso: é que o peixe morre pela boca e what goes around comes arround e em bom tugólês cá-se-fazem-cá-se-pagam, e seria cómico, não fosse trágico, esse ser rudimentar AKA indígena, ignóbil, reles, vil e miserável, vir a precisar de uma medulazinha e não ter… pois não temos pena.

 

Devia ser obrigatório devia.


15
Fev 11
publicado por Muito Mais Branco, às 13:26link do post | comentar

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- Podes ajudar-me numa coisa?

- Agora não dá, tou a acabar uma coisa importante.

- Áh oquai…….

(amuos e trombas….)

 

Passam-se 15 minutos…

- Diz-me, o que é que precisas?

- (sem tirar os olhos do computador) deixa estar, já não é preciso.

(amuos e trombas…)

 

Eu diria uns 500 anos, 500 anos seriam, talvez suficientes, para nós, adultos, atingirmos uma espécie de maturidade emocional…. É que isto de sermos adultos aos 18 anos tem muito que se lhe diga… Sermos considerados adultos e sobretudo pessoas responsáveis e com poder de decisão sobre a nossa vida e até termos o direito ao voto, a mim, sinceramente faz-me alguma confusão.

 

Mas se vivêssemos 500 anos, votaríamos lá para os 100, vá 80… assim quiçá teríamos a maturidade para escolher um politico de jeito (se é que isso existe), ah e para se ser politico daqueles que se podem candidatar e coiso, teriam de ter, pelo menos, uns 250 anos. Antes disso podiam apenas estudar e trabalhar. Trabalhar muito. Sim, porque neste meu mundo da vida de cinco séculos, para se ser presidente da república ter-se-ia de se ser auto-financiado, assim, a contar pelo que em média costumam gastar nas ditas campanhas eleitorais, teriam de dar ao cabedal ai uns 200 aninhos. Sim não havia cá apoios, nem patrocínios independentes e tal….

 

É que não estou a ver ninguém com mais de 100 anos (adulto portanto) a financiar um partido de malandros… pois isso é coisa para crianças, as mesmas que amuam e que põem trombas e tal… isso tenderia a desaparecer lá para os 100 anos, e lá para os 250 podíamos tornar-nos em adultos, maduros e resolvidos (acredito que, ainda assim, haveria pessoas mal resolvidas aos 250 anos, mas menos…. muito menos).

 

É que nos dias de hoje, vivemos uns 80 anos. É imensamente pouco. Morremos sem crescer… ou temos que crescer muito depressa, depressa e mal. Estamos sempre a ‘lutar’ contra o tempo. O tempo passa-nos com uma birisca que nos desassossega. Não chegamos nunca ao estado do descanso, do dolce far niente, andamos sempre abrir… e depois quando atingimos a bendita idade de ouro com a pequena reforma morremos. É demasiado rápido para se tirar o devido proveito. Para se aprender. Para se crescer.

 

Eu gostava de viver tanto tempo quanto leva um saco de plástico a deteriorar-se (muito embora não entenda porque é que tanta gente se preocupa com isso, os sacos de plástico do continente dizem ser ‘biodegradáveis’… vá se lá entender estas cenas…. Se vivêssemos 500 anos logo víamos se a cena era mesmo bio ou se demorava tanto quanto aos outros plásticos ditos ‘normais’) …

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19
Jan 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:42link do post | comentar


Sem título

 

 

Este fim-de-semana, se o tempo contribuir, irei fazer aquilo que mais gosto: VOAR, e por isso, no Domingo, não temos pena, mas não será por mim que o Cavaco continua a presidir esta república das bananas.

 

Ah e tal, devias cá estar, devias ir votar, é uma obrigação, e depois se não votas não podes dizer mal… sabem que mais: PUT@ que os P@RIU a todos!

 

Nem que me pagassem eu ia trocar um fim-de-semana a brincar com a gravidade, para contribuir com o meu voto para a gravidade que se encontra o nosso país. E já estou comà outra, tenho vergonha… muita vergonha das patarecas que foram despejar as cinzas do irmão para o respiradouro do metro de Nova Iorque e tenho vergonha que o Emplastro seja notícia lá fora e tenho vergonha desta nacional palorice e para além disso tenho vergonha de termos apenas 2 tristes candidatos à Presidência, um a atirar pró aldrabão, é que há quem diga que, ao contrário do que anda para ai a pregar, de justo e solidário não tem absolutamente nada, e o outro que, apesar de ter um doutoramento em economia (dizem), não se apercebeu, coitado, nem ele nem a filha, tadinhos, que estavam a comprar acções do BPN por metade do valor de mercado. Seria algum favor que lhes estava a fazer, o então presidente do banco? Naaaaaa, não acredito, credo, isso seria muito mau…assim encaixar em 2 anos uma quantidade tão grande de euros, isso dava um pouco nas vistas. Também deve ter pensado que passava despercebido, o encaixe do Mr. President era para meninos de coro, afinal houve quem tivesse gamado quase 10 mil milhões de euros, coisa pouca, nada assim do outro mundo, estamos na Tugólândia, somos ‘pobres’…estamos em crise financeira, já nem trânsito há na A5, como é que alguém, qual Madoff, mas com a sorte de ser Tuga, rouba tanto euro??? Impossível…

 

Pois… é melhor calar-me, é que pela boca morre o peixe e eu ando práqui furiosamente a comer pastilha elástica, ainda corro o risco de trincar a lingua… é melhor parar.

 

Não! Não vou votar, tenho dito!

 

Ah e também acho muito mal darem o Domingo para a malta votar, deviam dar o domingo E A SEGUNDA, assim podíamos ir passear no fim-de-semana (que é para isso que ele serve), e depois na segunda ir calmamente votar. Quem é que, no seu perfeito juízo, troca um fim-de-semana fora, pelo Cavaco ou pelo Alegre? Nossa! Venha o diabo e escolha… Ando práqui convencida que haveria muito menos abstenções (e talvez mais votos em branco) se pudéssemos votar também à segunda.

 

E com esta vou pensar no que fazer hoje para a janta com os manos. Fui…


15
Dez 10
publicado por Muito Mais Branco, às 12:14link do post | comentar

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Este ano sinto falta do XMAS mood…. Do ‘there’s something about Christmas time that makes you wish it was Christmas everyday’… é Natal mas não me sinto nada natalícia….a árvore está feita, as luzes piscam, a casa está decorada, enfim….tá lá tudo mas falta o espírito….

 

Para ajudar ao mood, fui às compras ao Pingo Doce, (não sou fã das ditas ‘grandes superfícies’, prefiro mercearias ou supermercados pequenos onde me despacho e só compro o que realmente preciso) … adiante, estava eu a contar que fui ao PD e, como vou lá amiúde, um cesto basta-me (não preciso cá dos carrinhos que andam sempre a fugir para um lado e nós sempre em guerra a puxar para o outro, uma canseira…) e estava eu na bicha para a caixa quando à minha frente estava uma senhora muito mal comida humorada, que estava a comprar o PD quase todo, e já depois de tudo registado e pronto a ser pago ela calmamente ia pondo os produtos nos sacos e depois arrumava-os cuidadosamente no carrinho, ia cautelosamente equilibrando o peso dos sacos, para que não ficasse nenhum demasiado pesado, e fazia tudo isto tranquilamente de trombas e (verdade seja dita, não tinha razões nenhumas para se apressar, não é como se tivesse alguém à espera dela para a comer receber) com a displicência de quem carrega uma cruz daquelas pesadas pelas costas, e nesta época de Natal era um peso que ela tinha que carregar e que por se estar a dedicar à penosa tarefa das compras mensais (presumo eu, já que não a via a morar com alguém (talvez com a mãe)…. vai na volta até morava com o consumidor mor dos produtos PD e dai a cruz pesada de ter de viver com alguém que comia muito de nada que a envolvesse), confesso que tive alguma pena da senhora, e por isso fiquei sossegada a folhear uma daquelas revistas cor-de-rosa, muito úteis nas caixas de supermercado, enquanto a observava a empacotar os produtos, para alguém que a esperava, não a ela, mas à comida que ela trazia… que cruz… e eu esperei, e esperei e de repente apercebo-me que a minha bicha era a maior do PD, pensei nas pessoas que estavam a trás de mim, coitadas, identifiquei-me com o que poderiam estar a pensar ‘vou sair desta bicha e vou mazé para a outra caixa….’ ou ‘não mais vale ficar por aqui, se for para a outra é esta que se despacha e vou ficar agarrada e arrependida’ ou ‘dasse será que a velha se mexe ou quê?’ pensamento acompanhado de expressões antipáticas, de quem está de facto intensamente incomodado com a espera.

 

Até que reparo na criatura que está mesmo atrás de mim e verifico que a rapariga apenas trazia um pacote de caldos Knorr na mão…indignei-me…como é que há alguém que vem comprar um mísero pacote de caldos (perfeitamente dispensáveis) e fica pacientemente à espera naquela que foi ontem a maior bicha do PD de sempre…gabei-lhe a paciência e apoderou-se de mim um mini espírito de Natal e deixei-a passar à minha frente, mas o espírito dissipou-se rapidamente quando o ditos caldos não traziam o código de barras e por isso não passavam na máquina e teve que se chamar o encarregado que andava a ‘fazer piscinas’ de um lado para o outro (passou-me pela cabeça arranjarem-lhe uns patins, sempre lhe dava alguma adrenalina e sobretudo rapidez para gerir as 3 caixas que naquela altura estavam abertas), e demorou 3 dias e mais 6 meses a substituir os caldos por uns que tivessem o código. Bem os olhares encolerizados dos que esperavam atrás de mim eram tais que deu para perceber que espírito de Natal ali já era…

 

Vou ali ao PD sugerir que ponham a tocar musica de Natal, como som ambiente, durante esta época, para ver se as pessoas amolecem e se tornam mais tolerantes (eu inclusive) …. FUI!

 

 

I don't want a lot for Christmas 
This is all I'm asking for 
I just want to see my baby 
Standing right outside my door 
I just want you for my own 
More than you could ever know 
Make my wish come true 
Baby all I want for Christmas is... You


02
Nov 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:13link do post | comentar | ver comentários (6)

 

Acredito ser uma criatura inteligente. Pronto, já disse. Ok não sou inteligente tipo genial do género einsteiniano….não… confesso que não sei fazer integrais triplos, mas tenho alguns neurónios e sei processar alguma (pouca) informação. Digamos que de zero a dez, sendo zero equivalente ao QI de uma lesma e 10 ao do Einstein eu estarei entre os 7 e os 8, vá, mais coisa menos coisa.

 

É assim que eu me considero apesar de por vezes me sinta totalmente parva, ou não fosse eu influenciada pela triste média Tugolesa, que se deve situar entre os 2 e os 3. Adiante. Sendo eu uma pessoa cuja capacidade de processar informação está, digamos, acima da média, e sem querer parecer convencida, porque assumo já que sou, vejo-me balançada a fazer aqui uma revelação. E vamos ter (o que a Oprah chama de) um ‘ahá moment’.

 

Já pensaram como seria a Tugólândia se TODOS pagassem impostos? Como seria maravilhoso ter os hospitais sem filas de espera, as repartições das finanças vazias, as escolas a funcionarem, as estradas limpas, as pessoas bem-dispostas na rua. Seria tão bom que a put@ da crise nem nos afectaria. Estaríamos a observar, o resto da Europa, e seriamos um case-study, um exemplo a seguir. Já não nos chamariam de PIGS. O FMI viria obter conselhos dos chefes de estado da Tugolândia e seríamos todos orgulhosamente Tugas. Seria bom, não seria? Mas não será. E não será porquê?

 

É, em tese, relativamente simples, basta que TODOS paguem o que devem. Simples. Mas nós Tugas, temos os valores trocados…admiramos quem é esperto o suficiente para fugir ao fisco, como é que não entendem que se há um a fugir aos impostos há outro que tem de pagar o dobro…

 

Já mais vezes do que as que gostaria assisti (atónita, ou não fosse eu contabilista) à gargalhada geral em jeito de admiração, entre seres Tugas, quando um conta como arranjou um esquema para pagar menos imposto e que arranja facturas para recuperar o IVA e que é (xico-esperto) o maior e nós, que o ouvimos estupefactos, somos todos uns otários (ou pelo menos assim nos sentimos) porque pagamos impostos. Já me senti parva e otária muitas vezes, mas vou passar a demonstrar fisicamente (ainda mais) o meu desagrado por este tipo de atitudes, e como desbocada é uma das minhas principais características, espero não ter de vir a assistir a mais um xico-esperto a contar-me como me anda a gamar mesmo debaixo do meu nariz …porque garanto que parto para a agressão. Tenho dito.

 

Don’t wait for everything to be perfect. Be the change that you want to see in the world. Faz a tua parte….eu vou fazer a minha. Fui.

 


01
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:44link do post | comentar

 

Dizem que eu sou desbocada e que não tenho travões e essas cenas assim. Nunca percebi se é elogio ou, se pelo contrário, me estão a insultar, não tenho essa sensibilidade. Dizem que tenho diarreia verbal que não tenho noção do que digo e tal e coiso. Pois eu de sonsa não tenho mesmo nada. As vezes curtia mesmo fazer-me de parva mas não consigo fingir que não percebi, nem ser simpática quando não me apetece, nem fazer conversa de circunstância nem passar fretes. Já dei…. Ou tou bem ou então não tou.

 

No outro dia perguntei a uma amiga porque estava com cara de doente, assim digamos que encolhida, e ela respondeu em jeito de confidência ‘tou naquela altura do mês’ e eu ‘Qual?’ e ela baixa o tom de voz e sussurra-me ‘tou com o período’ a minha reacção imediata: (com um ar enjoado) ‘hãããã tu és dessas’, ela encolheu os ombros, como se implorasse o meu perdão.

 

Pois ela é daquelas que está sempre com dores de cabeça e eu sou daquelas desbocadas que tenho sempre de opinar e de meter o bedelho onde não sou chamada. Podia ser simpática e dizer algo querido e maternal tipo ‘ó querida, deixa lá, queres que te faça cafuné?’ ou então dizer algo solidário tipo ‘como eu sei o que sofres minha querida’ ou então dar numa de enfermeira e dizer algo do género ‘deixa lá, toma aqui uma aspirina que isso passa’…mas não. Eu sou destravada e sai-me sem pedir licença um ‘hãããã….tu és dessas’, como quem diz ‘pois a mim não me enganas’…. Fazer o quê?

 

Agora, analisando a coisa assim mais friamente, assim ao estilo marta black, o ser-se verbalmente atrevido tem o seu je ne sais quoi. É, por assim dizer, uma maneira de estar na vida que pode ser interessante e até pedagógica. Comigo ninguém desconfia, sou das que chamam gordas às gordas e não rechonchudinhas por simpatia… eu sou dessas. Má língua? Talvez, mas má-língua pela frente, não mando recados, por isso quando não gosto, não finjo que gosto e quando não gostam de mim e me dizem ‘na cara’ têm a minha mais profunda admiração, mas quando não gostam e fingem que gostam uiiiii tão fritos comigo…é ver-me a atiçar a capa vermelha e a chamar os touros pelos cornos, sim não deixo a coisa por menos, e a cena até pode acabar como lá prás terras dos nuestros hermanos, onde matam o touro (ou pelo, menos costumavam matar, mas a tradição já não é o que era).

 

Vou ali fora, ao campo pequeno, atiçar a capa a ver se aparece alguém para tourear…FUI.


29
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 12:56link do post | comentar

 

Nós assim vistos bem lá de cima parecemos umas formigas…

 

Quando venho de manhã para Lisboa, pela A5, ponho-me a imaginar DEUS, lá do alto, a olhar cá para baixo, a ver-nos em fila indiana, uns atrás dos outros, todos à mesma hora a vir para Lisboa, como se o burgo fosse um enorme torrão de açúcar e nós, qual formigas, nos quiséssemos afogar na sua doçura.

 

E que doçura… é buzinadelas, gritos, insultos vários, ódio muito ódio e ao mesmo tempo a rádio aos berros, entre acidentes e travagens perigosas e alguns atropelamentos. Tudo para chegarmos ao açúcar. E repetimos o ritual 5 dias por semana, como se o açúcar pudesse acabar e nós ficássemos sem ritual. Seria uma maçada… nós sem o ritual do stress Cartuga a entrar no burgo córror… que havíamos nós de fazer assim entre as 8.30 e as 9.30…que drama seria. Assim sempre temos a emoção da entrada em Lisboa pela fresca, nós e os outros.

 

Há os que lêem, os que cantam e dançam, os que falam desalmadamente ao telefone enquanto fumam uns atrás dos outros numa de ‘aliviar o stress’ e ver se o tempo passa mais rapidamente, há os que não conseguem aliviar o stress e fazem slalom entre as faixas como se fossem chegar muito antes dos outros, eu tenho sempre a sensação que a minha é a faixa que anda menos, e arrependo-me sempre quando mudo, pois passa a ser a que eu estava que anda mais…nunca acerto e por isso opto por ir tranquilamente na mesma faixa, e enquanto ando no pára arranca vou-me maquilhando e aproveito o tempo para retirar aquele pelo que teima em crescer da noite para o dia e de repente quando dou por ele tá tão grande e tão grosso que parece uma python. Fico sempre surpreendida como na véspera não dei pela anaconda e eis que na manhã seguinte ela surge como que ‘do nada’ e fica firme e irta pronta para levar com uma pinçada que acabe com ela. Amazing...como ela cresce....

 

Pois é para isso que me serve a vinda para o brugo todas as manhãs…

 

Agora que já cheguei, maquilhada e depilada vou ali almoçar qualquercoisita. Fui.


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