"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
14
Mar 13
publicado por Muito Mais Branco, às 19:55link do post | comentar

 

Ai que saudades que eu tenho de vir práqui soltar a língua!!!!

 

Num destes dias vinha eu no carro com a minha Xizinha, a aproveitar aquele momento a duas, enquanto tentava não sair da minha faixa de condução, ia olhando para trás para falar com ela. Como o tempo anda escasso, aproveitava para lhe proporcionar alguma sabedoria profunda e supostamente útil (achava eu) para o futuro dela como pessoa e sobretudo para o relacionamento dela com os seus pares, sabedoria essa que só mãe sabe que tem que passar mas que filha querida ignora, mãe sente que falha porque não passa a mensagem tal como vê nos filmes, em que o sol brilha, o tempo não passa, nunca se está atrasada, os filhos são mega queridos e compreensíveis e percebem logo tudo à primeira, e a vida corre bem, antes, back to my reality, a minha viagem de carro passa-se a “correr”, pé a fundo no acelerador, entre a escola e casa, onde em 5 minutos tento dedicar-me a dar um sermão (sim é esta a palavra correcta) à Xis sobre como ela deveria agir com as amiguinhas….

 

Eu (olhava-a pelo espelho retrovisor): Francisquinha, sabes que não deves ser tão arrogante com as tuas amigas…

 

Ela (ainda não percebeu que era sermão): o que é arrogante?

 

Eu (cheia de paciência e boas intenções): querida, arrogante é achares-te superior aos outros e por isso achas que podes tratar mal as tuas amigas, não és minimamente humilde, e tens que ter em atenção à forma como dizes as coisas, és arrogante, respondona, pispirreta, achas que tens sempre razão blá blá blá blá blá….and so on….nisto ia olhando pelo espelho para ver se ela estava a tomar atenção e estava, UAU pensei eu, está a ouvir-me, este discurso está a ser produtivo, vou continuar….tens que ter cuidado na forma como falas com as tuas amigas


Ela (interrompe-me): óh mãe, não consegues dizer-me nada de bom???


AI!!! OMG! Estou a ir longe demais, já meti os pés! Esborrachei-lhe a auto-estima, será que é irreversível? Ela, coitada, está despedaçada, pode até ficar traumatizada, e agora? Como faço para dar a volta? Ai! Pensa Pensa Pensa!

 

Eu (com os olhos focados nela – who cares about driving when your daughter is about to be traumatized forever?): CLARO QUE SIM! Tu és altamente sociável, tens um coração do tamanho do mundo, falas com toda a gente, és super inteligente  

 

Ela (interrompe-me):…sim e sou gira, canto bem, danço bem, sou simpática, tenho jeito para contar histórias, sei pintar-me, faço poemas giros

 

Éh lá! PÁRA TUDO! E eu a pensar que tinha metido os pés! Caramba! Nunca vi ninguém com tamanha auto-estima! Medo…. é isso, muito Medo!


11
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 14:17link do post | comentar

 

 20111011_bloge 2

 

 

Ontem na cama antes de adormecer, começa a lengalenga do costume.

 

Ela: Óh mãeeeeeeee….

 

Eu: UquiÉ???

Ela: FICÁQUI… (e choraminga, ou ameaça que vai chorar, sei lá)

 

Eu: Bemmmmm o que é que se passa??? Vais fazer 8 anos, não dá para birras nem para te portares como se tivesses 5, não achas?

(e viro costas, saiu do quarto)

 

Ela: mãeeeeeee (e arrasta a voz com choro no final)

 

Eu tenho que decidir: quem manda? Sou eu. Então I’ll stick to the plan. E o plano é: eu é que mando. E portanto ela bem pode choramingar que EU não vou lá….

 

Começo a contar muito devagar 1, 2, 3 (…) 10, 11, 12. O choraminganço passou a choro…. 13, 14, 15, (…) 20, 21. Hesito… Começo a sentir receio que os vizinhos chamem a polícia por suspeita de violência doméstica, pois o choro já começa a entrar em decibéis muito pouco aconselháveis para aquela hora da noite.

 

Entro no quarto com a cara número 36.

 

Eu: É MELHOR CALARES-TE PORQUE SENÃO OS VIZINHOS CHAMAM A POLICIA PARA TE PRENDEREM, PORQUE A ESTA HORA NÃO SE PODE FAZER TANTO BARULHO!!!

 

(ela cala-se, intrigada e meia assustada)

 

Ela: tá bem mãe, eu calo-me mas porque é que tu estás a gritar comigo?

 

Eu (sento-me na beira da cama e ponho o meu ar mais calmo): filha, é assim: quando tu escolhes o comportamento tu escolhes a consequência. Se choras e fazes birra, escolhes um comportamento mau, logo irás ter uma consequência má, que é eu gritar contigo. Se não chorasses e me pedisses para ficar um bocadinho aqui a dar-te miminhos estarias a escolher um bom comportamento e terias uma boa consequência, eu ficaria a dar-te miminhos, compreendes?

 

Ela: sim, um bom comportamento tem uma boa consequência e um mau comportamento tem uma má consequência.

 

Eu (credo, foi tão fácil…): isso mesmo filha!

 

Ela (pensativa): não, não…. nem sempre é assim…

 

Eu: não?

 

Ela: não! Então imagina que há um gato no tecto, e ele está a cair, e eu vou a correr salvá-lo mas tropeço e caiu, e o gato cai no chão e morre. O comportamento era bom, mas a consequência foi má… eu escolhi um comportamento bom: salvar o gato, mas a consequência foi má: ele morreu

WTF??? HELP!!!!


26
Mai 11
publicado por Muito Mais Branco, às 18:07link do post | comentar

 

IPHONE 210

 

 

Fomos passar o fim-de-semana a Figueira de Cavaleiros, que fica em nhures, ou por outra, algures perto de Beja. Estava anunciado, para a noite da inauguração da Skydive Europe, o lançamento do novo disco da Ana Malhoa. Chegámos à zona, havia TUDO: palco gigante, aqueles insufláveis enormes para os putos, barraquinhas de gelados e de comes/bebes e toda uma panóplia de cenas da Red Bull e sempre música a tocar, bem alto! O astral estava porreiro.

 

Apesar do calor ser quase sufocante, estávamos animados.

 

A Ana Malhoa (que eu nunca tinha visto ao vivo) estava por lá. Ocupada a montar as suas cenas.

 

Xis: Oh mãe, quem é a Ana Malhoa?

Eu: é uma cantora.

Xis: mas que músicas é que ela canta?

Eu: não faço a mais pálida ideia…

Xis: mas é uma cantora conhecida?

Eu: sim, bastante, mas não faz o meu género percebes?

Xis: e onde é que ela está?

(eu apontei para ela)

 

O dia passou-se, mais tarde a Xis foi-se 'colar' à Ana Malhoa, a observar-lhe os braços e pernas repletos de tatuagens e ao mesmo tempo fazia-lhe sorrisos a querer manifestamente dar-lhe graxa.

 

Xis (para a AM): Olha! Sabes, eu sou a Francisca!

AM: ah sim, eu sou a Ana

Xis: (com um ar tipo daghhh): eu sei, A Malhoa!

 

E assim se conhecem as figuras publicas sem as idolatrar, tem bom gosto a minha filha, á pois tem!


11
Fev 11
publicado por Muito Mais Branco, às 14:37link do post | comentar


Contrato.jpeg

Feito por mim, corrigido por ela... priceless...

(mãe: para quê escrever a mais quando se pode dizer o mesmo com menos palavras??)

O poder de sintese aos 7 anos....


31
Jan 11
publicado por Muito Mais Branco, às 14:54link do post | comentar

DSC01725.jpeg

 

Conversa (de chácha) no carro, uma destas tardes…

 

Ela: mãe, tens de assinar os meus testes de Português e de Inglês.

 

Eu: ok, lembra-me quando chegarmos a casa.

 

(5 segundos depois)

 

Ela: Ó mãe, posso fazer-te uma pergunta?

 

(hein? Ela perguntou se podia fazer uma pergunta… uauuuuu finalmente chegam os resultados de anos e anos de educação – achava eu que eram em vão… how wrong was I)

 

(com um mega sorriso)

 

Eu: Claro, minha querida, pergunta.

Ela: A tua assinatura é fácil de imitar?

 

(WTF… PÁRA TUDO … JÁ???? Já me anda a perguntar sobre a minha assinatura, com que raio de gente é que ela anda metida? Já me disseram que os miúdos crescem rápido mas JÁ??? Não pode ser… como é que é possível???)

 

(o sorriso desapareceu, e passo a ter um ar sério e a querer olhar para ela através do espelho do carro, já nem presto grande atenção à estrada, foco-me, surpreendida, nos olhos dela)

 

Eu: MAS PORQUE É QUE QUERES SABER SE A MINHA ASSINATURA É FÁCIL DE IMITAR?

 

Ela: Ó mãe… porque sim, diz-me lá… é fácil de imitar ou não?

 

(desesperadamente à procura da razão por trás da pergunta)

 

Eu: e a tua, como é?

 

Ela: (de cara triste) pois é isso, mãe, é que eu não tenho nenhuma.

 

Eu: não tens? Porquê?

 

Ela: então porque sempre que invento uma assinatura toda a gente consegue imitar, e isso não é uma assinatura… por isso é que eu quero saber se a tua é fácil de imitar ou não.

 

Nós, (eu) temos uma mente muito porca…


18
Nov 10
publicado por Muito Mais Branco, às 15:31link do post | comentar

Lavre2

 

A vida é tão simples….nós é que a complicamos. Vou explicar:

 

Esta cena passou-se com a avó.

 

Avó: gostas mais de números ou de letras?

 

Ela (sem hesitar): de letras avó.

(tipo dahhh?? É obvio…)

 

Avó: á sim? Então porquê?

 

Ela: então, os números posso ficar aqui sentada a contá-los que nunca mais chego ao fim. Fico velhota e ainda estou a contar, nunca mais acabam. As letras, são poucas, decoram-se num instante e depois dá para construir várias palavras.

 

Simples não? I rest my case…


10
Nov 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:55link do post | comentar

 

Eu: qual é a disciplina que mais gostas?

 

Ela: não sei…

 

Eu: e a que menos gostas?

 

Ela (pensa um pouco): áh já sei, é a matemática…

 

Eu (preocupada abri os olhos assustada…como será possível tanto eu como o pai somos completamente virados para os números…. ela terá saído a quem???): MATEMÁTICA??? Então porquê?

 

Ela: então, porque a pessoa tem que fazer muitas contas, pensar muito nos problemas para depois só escrever um numero…

 

(ufff… que grande alivio…)


28
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:12link do post | comentar

 

Há 7 anos que nasceste, há 7 que sou MÃE. Há 7 anos que me tornei numa melhor pessoa. Há 7 anos que sou mais feliz, mais completa como mulher. Há 7 anos que sei o que é Amar (INCONDICIONALMENTE). Foram 7 anos de muita aprendizagem recíproca. Consegues sempre surpreender-me. Começo a dar por mim a admirar-te, meia-leca… coisas que para mim são mega complicadas, tu desmistificas e simplificas de tal forma, obviamente característico da tua idade, que me sinto parva. Na volta até sou e nunca dei por isso…

 

Mas há 7 anos que passei a sentir-me culpada. Culpada por cada vez que ia fazer ginástica te deixar, por uma hora, com a avó. Culpada por sentir que te estava a ‘abandonar’, pois lá dentro, bem lá no fundo o que eu queria era me voltar a encontrar e achava que estava de alguma forma a ser egoísta por ir dedicar 1 hora do meu dia (e do teu dia) apenas e só a mim. Culpada por querer voltar a sentir-me mulher, afinal, achava eu, não tinha esse direito. Ajoelhou? Vai ter de rezar…. Que raio de pessoa era eu que me queria encontrar como mulher e que queria estar comigo por uma hora e quase te ‘abandonava’, para ir dar-me prazer? Guilty. And more guilty.

 

Até que começaste a crescer e começaste a querer estar com outras pessoas, e me ensinaste que não eras só e apenas filha, que eras também, e sobretudo, criança. Que assim como eu não queria ser apenas Mãe, tu não querias ser apenas Filha. Aprendi que podemos ser mãe e mulher ao mesmo tempo e que não temos necessariamente de nos sentirmos culpadas por precisarmos do nosso espaço e do nosso momento como mulher. 7 anos depois aprendi que sou uma Mulher (desconfio que parva e) realizada por ser Mãe de uma Filha, saudável, linda e inteligente e acima de tudo uma Criança super feliz.

 

O que mais se pode querer na vida? Ok possivelmente podia pedir para não ser parva…é discutível…

 

Agora vou tratar das toneladas de merd@s para o aniversário da piquena, meia-leca. Fui…


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