"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
01
Jun 11
publicado por Muito Mais Branco, às 16:50link do post | comentar


Cópia de DSC02813

 

Hoje estou muito contente, sinto-me uma verdadeira privilegiada. Não vou dizer que estou feliz, porque isso seria um pleonasmo, é que eu tenho-me nessa conta, de ser uma pessoa feliz. Mas, dizia eu que hoje estou especialmente alegre, sinto aquele aconchego na alma que dá fôlego para continuar a viver da forma como sempre vivi: feliz. E não estou práqui a tentar provocar-vos dor de cotovelo, do género do ‘toma toma eu sou feliz…. hehehe, olha para mim que feliz que eu sou’ ou do tipo meio tonto do ‘happy go-lucky’ como se toda a desgraça do mundo e especialmente do meu mundo não me afectasse, nada disso, apenas que sou uma pessoa feliz e hoje estou particularmente animada. É isso. Assim de uma forma altamente redutora, basicamente, existem estes 2 tipos de pessoas: as felizes e as infelizes. As primeiras têm momentos de infelicidade, as outras momentos felizes. É isso.

 

Mas, estou, digamos que em total euforia, e tenho a alma preenchida, porque fui almoçar com a minha avó. É isso. Fui buscá-la a casa e mal a vi sair do portão, linda, de calça azul escura e blusa às florezinhas pequeninas em tons de azul-escuro e azul-turquesa, trazia um colar com umas missangas turquesas e brincos a condizer, sapatos brancos com berloques e mala da mesma cor, e um enorme sorriso. Ao vê-la a entrar no carro senti logo aquele cheiro tão familiar e reconfortante que só uma avó tem, cheiro-a-avó. Deu-me um abraço apertado e beijei-lhe a bochecha fria e macia, tão macia que me apeteceu logo dar mais beijinhos e festinhas, muitas festinhas.

 

Ela vinha radiosa. Tudo nela brilhava. Tudo nela reflectia riqueza, mas não daquela que hoje tanta importância se dá e que tanto se fala, da outra, da riqueza humana com que sempre me olhou, com uns olhos que não mentem e que espelham uma alma grandiosa. Que sorte. Que bom que é poder estar com ela. Já há muito que não almoçávamos. Eu sempre com as minhas pressas, sempre numa luta constante contra o tempo, e desculpas várias, da correria constante que é a minha vida: filha, trabalho, mais filha, mais trabalho, mais para-quedismo, mais tudo…. Bullshit! Se a pessoa quiser tem tempo. E eu, dentro da minha felicidade, andava a pensar na minha avó, que um dia me vai faltar, e sentia naquele momento a infelicidade de não a ver há tanto tempo que já nem me lembro quando foi a ultima vez que estive com ela.

 

Não é estar com ela no meio de tanta outras pessoas, numa festa ou de um almoço de família, não é isso. É o estar mesmo com ela, da nossa intimidade, das nossas conversas que mais ninguém pode entrar, que são só nossas, das nossas emoções, da nossa história. E foi isso o nosso almoço. Foi o reviver tempos idos, em que todas as semanas eu ia almoçar com ela, e que com ela, só com ela eu me abria, eu falava de mim, daquilo que realmente sinto e daquilo que me traz alegria e tristeza e da vida em geral, do que é ser uma pessoa grandiosa e não uma gente oca sem substrato, poucochinha, falávamos muito do ser e tão pouco ou quase nada do ter. Eram almoços fartos em princípios de vida básicos, mas que fazem toda a diferença. Fazem-nos felizes. Dão-nos capacidades para, já em adulta, poder dizer que se sou feliz, devo-o em parte à minha avó!

 

Tomei uma decisão. A partir de hoje, vou 1 vez por mês almoçar com ela. É um privilégio que em breve acabará, e eu quero aproveitá-lo ao máximo!

 

Voltei do almoço revigorada, parece que a minha avó tem a ‘varinha mágica’ de me pôr bem-disposta e de me dar alegria. Com ela eu sou uma melhor pessoa. Vou querer estar mais tempo com ela, neste mundo meio louco, que todos se atropelam, em que a prioridade é fazer dinheiro para comparar coisas, coisas essas para mostrar aos outros.

 

Vou-me embebedar mensalmente com os dizeres da minha querida avó para contrariar a tentação do mundo global, duma Europa falida de riqueza e de princípios.

 

Bem-haja minha querida avó!

 

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15
Jul 10
publicado por Muito Mais Branco, às 12:55link do post | comentar | ver comentários (2)

 


"Então Almitra falou novamente e disse,
E quanto ao casamento Mestre?
E ele respondeu dizendo:
Nascestes juntos e juntos ficareis para sempre.
Estareis juntos quando as asas brancas da morte acabarem com os vossos dias.
Ah, estareis juntos mesmo na memória silenciosa de Deus.
Mas que haja espaços na vossa união e que os ventos celestiais possam dançar entre vós.
Amai-vos um ao outro mas não façais do amor uma prisão.
Deixai antes que seja um mar ondulante entre as margens das vossas almas.
Enchei a taça um do outro mas não bebeis de uma só taça.
Parti o vosso pão ao meio, mas não comeis do mesmo pão.
Cantai e dançai juntos, mas deixai que cada um de vós fique sozinho.
Como as cordas de uma lira estão sozinhas embora vibrem ao som da mesma música.
Entregai os vossos corações mas não ao cuidado um do outro. Pois só a mão da Vida pode conter os vossos corações.
E ficai juntos mas não demasiado juntos:
Pois os pilares do templo estão afastados e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro".

(Kahlil Gibran)


: Inspirada

30
Jun 10
publicado por Muito Mais Branco, às 11:25link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 


 

- Ó mãe quanto é que tu gostas de mim?

- Muito

- Muito quanto?

- Muito muito muito muito

- Tá bem, mas quanto???

- Infinito

- Ai eu gosto de ti infinito e mais além

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23
Jun 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:51link do post | comentar

 

 

 

Adoro estar apaixonada. Adoro sentir aquele formigueiro na barriga do primeiro encontro, sentir aquela dor que começa nas raizes dos dentes e vai até às gengivas. Adoro sentir que sou correspondida, amada e adorada. Adoro a intensidade das emoções à flor da pele. Adoro.

 

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22
Jun 10
publicado por Muito Mais Branco, às 15:09link do post | comentar

 

 

É que parece que há quem não goste de outro tipo de casórios.... mas euzinha tanto se me dá, e se há quem fique feliz por isso, porque raio há de alguem ficar incomodado, hein??

Bom mas este post é mais sobre O CASAMENTO DOS MEUS PAIS... é verdade que estamos na era dos divorcios e separações e tal e coiso, massssssss ainda há quem se case, é verdade.... passados 20 anos, não posso dizer que deram o nó, mas enfim, oficializaram a coisa, e os filhos e a neta apoiaram maning. Eles não queriam dizer nada.... mas nós descobrimos e fomos assistir ao casório, há pois fomos...

e como não foi Deus, mas sim o Estado que abençoou o casamento, tivemos direito à leitura deste poema:

 

Soneto da Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre,e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

 

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