"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
22
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 17:20link do post | comentar

 

10 Coisas que me Irritam:

  1. Vento: não estou a falar daquela brisa porreira de bafo quente que dá nos dias quentes de Agosto, falo de vento frio e chuvoso, que me despenteia e me desarruma a cabeça e as ideias, é desse que falo. Faz-me dores de ouvidos.
  2. Frio: nem sempre me irrita, só quando saio de casa pouco agasalhada e estou o tempo todo com frio.
  3. Calor: nem sempre me irrita, só quando saio de casa a pensar que está frio e exagero nos abafos que depois não tenho onde largar e tenho que acartar com os ditos por onde vou enquanto derreto, tipo sauna.
  4. Barulho: nem todo, mas fico bem irritada quando se está a jantar em casa de alguém e ao mesmo tempo está ligada a TV (futebol), musica (acid house) e ainda se ouve os toques dos telefones e sms dos vários telefones, mas as birras das crianças e o latido dos cães…tudo ao mesmo tempo – dá para enlouquecer.
  5. Repetir sempre as mesmas frases:
    1. ‘Xis: come de boca FECHADA’
    2. ‘Xis: vai tomar BANHO’
    3. ‘Xis: já lavaste os DENTES?’
    4. ‘Xis: CAMA’
    5. ‘Xis: vá sai do carro….’
    6. ‘Xis: põe o cinto’ (ao menos já é ela que o põe, sozinha…. antes irritava-me ter de me agachar por cima dela para lhe apertar o cinto quando ela pouco ou nada colaborava)
    7. Ouvir: ‘MÃEEEEEEEE’ 500 vezes por dia.
    8. Tocarem-me à porta a um Domingo as 23 horas (para perceber que são as testemunhas de jeová ou a presidente do condomínio que trazia a acta para eu assinar (30 folhas)… arrependi-me logo de ter ido à reunião de condóminos…)
    9. Ligarem-me: da MEO, ZON, VODAFONE, OPTIMUS, BANCOS, LA REDOUT e AFINS para me impingirem algo que me vai fazer perder tempo e gastar dinheiro.
    10. Ficar sem rede a meio de um telefonema MEGA importante.
    11. O toque do despertador.

A ver bem, sou uma pessoa cheia de sorte: sinto vento, calor e frio, oiço ‘bem’ (de pelo menos um ouvido), tenho uma filha maravilhosa que me chama com frequência e eu posso educá-la, tenho uma casa com um condomínio que funciona, tenho telefone e consideram-me alguém com potencial de compradora de serviços vários que me querem ‘oferecer’ e tenho um despertador para me ajudar a acordar de manhã… Que sorte a minha!

 

Agora vou enfrentar o trânsito aqui do burgo que é sempre algo animador para acabar o dia…. Fui!

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16
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 15:09link do post | comentar

 

 

Haviam de abolir as chaves… Como é que ainda as usamos é que eu não entendo…Há chips nos visas, códigos para entrar em todo o lado, ele é o cartão de cidadão, o passaporte electrónico, e como é que ainda temos que andar a carregar chaves? Não entendo.

 

Inventam-se iphone com touchscreens, inventam-se ipads e afins, inventou-se (ou antes, descobriu-se) a impressão digital, que nos torna únicos, ou o globo ocular que nos identifica, mas livrar-nos do peso da chaves, isso é que não… havemos de ter chaves, muitas, pesadas, volumosas e caras, muito caras…as das portas blindadas cada cópia anda à volta dos 40€.

 

Digamos que, numa vida, em média, a pessoa é capaz de ter umas 50, 100 chaves? Depende da vida, mas por exemplo euzinha já devo ter tido (e estou a contar por baixo) umas 100 chaves, ora se cada chave custa 10€ (porque nem todas são tão caras como as das portas blindadas), eu já gastei 1.000€ em chaves (para mais e não para menos), e pior que o custo é o incomodo de carregá-las, é o esquecer-se das chaves em casa, o esquecer-se das chaves na moto (prontinhas para alguém roubar) é isso tudo e ainda o perder as chaves que é um stress louco, mais o mandar vir os bombeiros para arrombar a porta, e claro, se for blindada é mais caro, ou seja deveríamos abolir as chaves e passar a abrir portas, pôr carros e motos a trabalhar através da impressão digital ou da identificação através do globo ocular ou o raio que o parta, é que estou mesmo farta, fartinha, fartíssima de chaves…

 

EIH Pessoal iluminado, que tal focarem-se em fazer fechaduras com identificação electrónica em vez de constantemente andarem a melhorar o touchscreen e os iphones (que já vão na 4ª geração) e concentrem-se na substituição das chaves, bale? É que davam-me um jeitão…

 

Agora vou ali marcar manicura, é que acabei de partir uma unha ao tentar enfiar uma chave na argola do porta-chaves….Fui!


14
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:27link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Já cá ando há uns aninhos, e há muito que sei que já não há palavra. Nós, Tugas, não temos palavra (nós, salvo seja...). Ou há guita ou então o compromisso já era… pois… é o que se chama evolução dos princípios… dantes bastava a palavra, a palavra era de honra, agora ou há contrato assinado e guita na mesa ou não há nada para ninguém, a honra já era e a palavra não vale a ponta. É assim, e convém habituarmo-nos rapidamente à ideia de que ‘em Roma sê romano’ e é assim pronto, nada a fazer, vivemos num país que ninguém honra os compromissos que faz por isso estamos à espera de quê? Milagres? Eu tenho muita dificuldade em ser romana…

 

Não sei se é só comigo, mas a mim sempre que compro qualquer coisa, há sempre um sacana qualquer que me passa descaradamente um brutal atestado de pura idiotice, e afirma em alta e boa voz para quem quiser ouvir o espertalhão: ‘mas foste comprar isso por esse valor?!!?!?! Eu arranjava-te igual mas muito mais barato’ como se eu fosse uma idiota chapada, e fosse engrupida sempre que compro alguma coisa.

 

O que é que isto tem a ver com a (falta de) palavra, perguntam vocês? De repente nada….

Mas acontece que tenho a minha casa para arrendar, veio lá uma rapariga interessada em arrendá-la, vitima dos tais sacanas (suponho eu), que depois de lá ter ido 2 vezes, de dizer que A-D-O-R-A-V-A a casa e que precisava dela como pão prá boca, com a máxima urgência até ao final de Setembro, e eu ter feito das tripas coração para arranjar casa/sitio para ficar enquanto a minha outra casa não está pronta, tendo em atenção que a tal rapariga tinha um filho pequeno e que 'precisava mesmo mesmo mesmo de casa até ao final do mês'… depois de ter tudo arranjado, chateado meio mundo para me ajudar, organizar filha + gatos a tal rapariga ‘vitima’ enviou-me sms a dizer que afinal já não queria a casa (ponto).

 

Tou mesmo a ver… a rapariga encontrou um desses sacanas espertalhões, que se passa por amigo, disse-lhe que tinha arranjado uma casa, ele perguntou por quanto, ela ingenuamente respondeu, e ele deu-lhe a frase da praxe ‘o quê? Essa casa por esse valor? Tás parva????? Eu arranjo-te melhor e mais barato!’ e voilá, ela (vitima e parva) envia-me um sms cheio de desculpas, palavras que não valem nada, e o acordo que tínhamos era apenas um semi-acordo, um semi-acordo sem guita e sobretudo sem palavra…. nem teve a decência de me ligar e FALAR comigo, foi por sms e já tá….

 

Cá na Tugólândia é assim, há sempre alguém preparada para nos fazer sentir mal… sempre algum ‘amigo’ que comprou melhor, mais barato, mais giro, e nós é que somos parvos. Há sempre o tipo xico-esperto que conseguiu o melhor negócio do mundo, muito melhor que o nosso… e nós ou somos fortes para perceber que os ditos sacanas são uns mentecaptos indecentes e que estão a tentar valorizar-se à nossa conta ou então sentimo-nos autênticos imbecis e ficamos de neura.

Eu escolho ignorar…. Até nem levo a mal a tal rapariga (vitima de amigo falso e sacana) ter desistido de arrendar a minha casa, it was not meant to be. Assim sempre me voltei a lembrar que existem sacanas que se passam por amigos (da onça) e acabei por me sentir mais forte…

 

Agora vou ali empacotar mais umas coisas que tenho um feeling que vou arrendar a casa ainda esta semana….Fui.

 


09
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:27link do post | comentar | ver comentários (1)


 

 

Tenho cá para mim que o ser humano, cheio de imperfeições e em constante procura do inverso, numa sociedade que anda a 300 à hora e que se queixa da constante falta de tempo para fazer as mil e uma coisas a mais que os nossos antepassados alguma vez sonharam em fazer, tem obrigatoriamente de ter um escape.

 

Eu tenho vários. Mas há um que eu muito prezo e o tenho como excelência: a queda livre.

 

Não há ninguém, ninguém mesmo, que consiga pensar num único problema, durante os 60 segundos de queda livre. Esses 60 segundos (e mais o tempo de aterragem) são autênticos orgasmos meditacionais. É tempo dedicado exclusivamente a uma única tarefa que nos esvazia por completo a mente e nos preenche de tal forma a alma que nos dá alento para vivermos mais e melhor. Existirá maior concentração, que aquela necessária para abrir o pára-quedas? Existirá melhor meditação, do que os 60 segundos de pura liberdade e de autoconfiança? Existirá uma outra situação em que os sentidos se acendem mais do que quando se salta da porta dum avião? Existirá maneira melhor de relaxar, depois de um dia de saltos, depois de 10 minutos de queda livre, 10 concentrações, 10 meditações? Pois para mim não. No fim de um dia de saltos fico para lá de relaxada! Não encontro melhor escape do que saltar de aviões (que funcionem perfeitamente bem).

 

A propósito de saltos, a minha prima, Maria de Lurdes Borges de Castro, irá pela primeira vez, fazer um salto tandem, com o Veras, profissional na modalidade. Até aqui tudo pacífico, no entanto este salto nada tem de banal…é que a prima, é senhora para os 86 anos, áhpoizé… a octogenária vai saltar de um avião no aeródromo de Proença-a-Nova, onde opera a escola Sky Fun Centre, e eu vou estar lá para ver e saltar com ela, já este próximo dia 19 de Setembro!  Será um dia especial e fará história com certeza, é que nunca, neste planeta, houve uma senhora tão experiente na vida a saltar de um avião. Parabéns prima pela coragem!!

 

Agora vou ali fazer uma pausa para o almoço. Almoço também é um escape….mas nem de longe é um escape tão bom quanto a sensação de voar! Fui.


19
Ago 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:06link do post | comentar | ver comentários (2)


"This is how it works. You're young until you're not. You love until you don't. You try until you can't. You laugh until you cry. You cry until you laugh. And everyone must breathe..."

 

Há uma altura na vida em que vivemos à espera e tudo passa muito D-E-V-A-G-A-R… estamos à espera de crescer, à espera de ter carta, à espera de ter carro, à espera de acabar o liceu, a faculdade, o mestrado, o doutoramento e afins, à espera de casar, à espera de ter filhos, à espera de se ser finalmente feliz.

 

É curioso que seja preciso esperar para se ser feliz. E é mesmo. Para se ser feliz é preciso primeiro SER-se. E para se SER é preciso esperar, às vezes esperar muito, outras menos, em parte depende de nós.

 

Não se É aos 6 anos, aos 6 anos TEM-SE, tem-se nintendos, playstations, wiis, mp3, dvds, cds, tudo, tudo o que os pais de hoje puderem comprar.

 

Não se É aos 18, aos 18 anos ainda se TEM, tem-se a lata de se responder torto aos mais velhos, tem-se a irreverência intrínseca à idade, tem-se vontade de mudar o mundo, vontade de acabar com as injustiças sociais, tem-se vontade de ser comunista, tem-se vontade de SER, mas ainda não se É.

 

Não se É aos 30, aos 30 ainda se TEM, tem-se a pressão para se casar, com quem não interessa, é preciso é casar, tem-se a pressão de ter filhos, de ter sucesso, de ter dinheiro, de ter independência, de trabalhar numa empresa sólida, de ter um status na sociedade, de SER alguém na vida, mas ainda não se É.

 

E o que é SER alguém na vida? É SER-se para os outros aplaudirem e venerarem ou é SER-se uma pessoa realizada, uma pessoa resolvida?

 

Quando se aproximam os ‘entas’, muito embora ainda me faltem uns anos, a pessoa começa a SER. Ser dona do seu nariz, ser independente, ser amada e saber amar, ser querida e saber o que se quer, ser bonita e saber valorizar-se, ser finalmente feliz.

 

É um processo que demora. Enquanto procuramos a felicidade, esperamos, por vezes quase que a sentimos por breves instantes, depois desaparece, dissipa-se, e nós voltamos a procurar.

 

Demora a percebermos que não precisamos esperar para sermos felizes.

 

Eu demorei mais de 30 anos.

 

Agora vou ali fastforwardar a minha vida para alcançar o nirvana. Fui.


09
Ago 10
publicado por Muito Mais Branco, às 18:56link do post | comentar | ver comentários (1)


Eu sou ‘meia’ mãe cigana, certo. Posso dizer que entre o 8 (cigana) e o 80 (ultra protectora) eu estarei nos vinte e cincos (give or take a few). Há mães exageradamente protectoras, mesmo ultra… lembro-me de uma mãe, que estava a passar férias, no mesmo hotel que eu, com o filho de 4 anos, o marido devia ter lá negócios pois só aparecia para jantar, que para além do puto ser obrigado a usar duas braçadeiras gigantescas, quase maiores que ele, do Mickey Mouse, com as orelhas e tudo, tinha sempre uma bóia à volta da cintura, mal se conseguia mexer, coitado, parecia o boneco da michelin, e, obviamente, usava um mega chapéu que lhe tapava tudo, até a visão, que, quando caia, a mãe disparava do sítio onde estava (normalmente a meio metro do puto, não fosse a bóia derreter com o calor e o puto afogar-se) para lhe enfiar imediatamente o chapéu, bem enfiadinho, orelhas e tudo.

 

Impreterivelmente comia um iogurte às 11 e depois outro às 16, e fazia a digestão (dos iogurtes) durante meia hora antes de voltar para a água. Claro que ainda fazia a sesta, depois do almoço… a mãe aproveitava a sesta para dormir também, ao lado do puto… sempre que o puto estava dentro de água, a mãe também estava, quando o puto saia, ela ia atrás.

 

Que confusão que me fazia aquilo. Eu observava do ginásio onde passava 20 minutos a correr na passadeira, e via a Xis que, tal como eu, é uma descaradona, ir muitas vezes ter com eles e meter conversa com o puto, atirava-lhe agua para ver se o miúdo ‘acordava’ e fazia-lhe travessuras, mas a mãe, qual leoa, punha-se na defesa da cria, e ‘mandava vir’ com a Xis, que não estava nem ai, e continuava as tropelias. Eu escolhi ignorar.

 

Quando apanhava sol, olhava de vez em quando para a mãe, na esperança de cruzar olhares com ela para lhe sorrir, qual pomba branca da paz, mas ela assim que se cruzava comigo fazia questão de mostrar o seu profundo desagrado e punha trombas como se me quisesse dizer ‘que raio de mãe és tu, que deixas a tua filha todo o dia na água enquanto bebes cervejas no bar ou vais para o ginásio correr’.

 

Maybe I’m wrong… mas aquela mãe era uma verdadeira pain in the ass… já estou a imaginar o puto a crescer agarrado as suas saias, daqueles que, mais tarde ficam, inevitavelmente, dependentes das namoradas e quando se casam, procuram uma mãe, alguém que trate deles, não propriamente uma Mulher. Esta mãe, que me olhava de lado, atravessada, desconsiderava-me e achava-me uma mãe inapropriada, está, no fundo, a condicionar o futuro do filho, o qual, só com muita sorte, não se tornará num homem dependente e imensamente machista….

Ou, vai na volta, é só uma tese minha para justificar o tipo de mãe que escolhi ser.

 

Agora vou ali à piscina dar umas ‘amonas’ à Xis para ver se ela espevita para a vida. Fui…


02
Ago 10
publicado por Muito Mais Branco, às 16:34link do post | comentar


Estava eu a anhar e a fazer uma pausa da leitura, enquanto observava um grupo de Tugas que mergulhavam ruidosamente e salpicavam quem, como eu, tentava descansar… a Xis olhava para eles incrédula, devia estar a pensar ‘como é que eles podem fazer aquilo?’ e eu observava-a de esguelha enquanto olhava para o grupo de Tugas com um ar reprovador.

 

Mas depois pus-me a pensar (tenho tempo de sobra para isso) e concluí que nós, seres humanos, não existimos assim há tanto tempo, e ainda somos meios pré-históricos em certas coisas. Tirando a época antes de Cristo, que, enfim durou milhões de anos e não interessa para o caso, a partir do ano zero até hoje só se passaram 2 mil anos. Se contarmos desde a época dos descobrimentos, desde o século 16, quando ainda achávamos que o mundo era plano, mil quinhentos e tal, até hoje, só se passaram 500 anos, e 500 anos devem ser tipo 10 gerações…nós durante a nossa vida somos capazes de conhecer umas 6, ou seja,  não é nada de especial, é normal então, haver comportamentos ainda pré-históricos geneticamente gravados em nós, seres humanos do ano 2 mil…ou seja desde que o homem é homem e desde que se mantém qualquer tipo de registo mais ou menos fidedigno, só se passaram mais ou menos umas 40 gerações…. É pouco…

 

Espreito a Xis a comer um feast sentada na beira da piscina, mergulhada até aos joelhos, e,  enquanto retira com os dedos, a capa de chocolate do gelado, vai limpando as mãos na água da piscina… I rest my case.

 

Vou terminar de almoçar, de garfo e faca, aqui insistem em dar-me apenas um garfo, vá-se lá saber porquê…..Fui.


01
Ago 10
publicado por Muito Mais Branco, às 18:55link do post | comentar


Não estou habituada a ‘anhar’, a andar ao sabor da maré, de apreciar verdadeiramente o dolce far niente, preciso do stress, dos emails, do iphone, de ter mil coisas para fazer, sem isso sinto-me insegura, o ‘estar de papo para o ar’ implica sempre um peso na consciência de mil coisas que ficaram por fazer para eu ter um momento de nirvana. Mas confesso que me está a saber para lá de bem, estar de férias e de fazer o que bem me apetece e melhor ainda não ter de ser assim ou assado, não ter de ser simpática, não ter de fazer conversa, não ter de sorrir, poder estar ‘de trombas’ sem o estar na realidade. Poder ser simplesmente eu e não o ‘eu’ directora financeira, não o ‘eu’ dona de casa, não o ‘eu’ motorista, não o ‘eu’ pessoa adulta responsável, poder comer às horas que quiser, poder deixar a Xis ensopar na piscina todo o dia, são 8 horas em que o cabelo dela não chega a secar, o fato de banho pinga enquanto ela almoça mais rápido que a velocidade da luz e zás, volta para a piscina.

 

E eu vou estando na horizontal, a maior parte do tempo, vou adormecendo e acordando e vou estando naquele estado zen, meia cá meia lá, mas nem por um instante penso na outra eu, agora estou a curtir esta eu e relaxar mais um pouco, entre posts, livros, filmes e mergulhos.

 

A vida é boa.

 

Vou ali anhar até à hora da janta. Fui.


31
Jul 10
publicado por Muito Mais Branco, às 16:47link do post | comentar


Eu sou uma pessoa influenciável. Não, minto…eu sou uma pessoa MUITO influenciável… isto quer dizer que se me passarem a vida (e mais 6 meses) a dizer mal de alguém, eu assumo esse mal como se fosse eu a dize-lo e a senti-lo…pois… eu sou assim. É mau, muito mau…mas é assim há 36 anos e já não é defeito é feitio… paciência há coisas piores.

 

Eu sou a gaja desbocada… aquela que não é, nem tenta ser, politicamente correcta, não sou…. Eu sou daquele género de pessoas que sofrem de diarreia verbal crónica, nada a fazer… Com isto há quem goste e há quem não goste, mas indiferente não sou.

 

Vou exemplificar até onde vai a minha influenciabilidade…:

 

Pessoa A: a M. está sempre a cravar-me cigarros, sempre!

 

Eu: ok, menos mau, antes cigarros que dinheiro…

 

Pessoa A: não, mas não tas a ver, a M. nunca compra tabaco e sempre que me vê pede-me um cigarro…

 

Eu: Pois…

 

Pessoa A: quem não tem dinheiro não tem vícios, não achas? (eu acho…) a M. é descarada, em vez de gastar o cash em tabaco antes prefere cravar…

 

Eu: bem que chatice…não ligues a isso…

 

Dias depois estou com a pessoa A e a M. num sítio qualquer:

 

M para a pessoa A.: dás-me um cigarro?

 

EU: DASSE M., QUE TAL COMPRARES UM MAÇO DE TABACO, EM VEZ DE ANDARES SEMPRE A CRAVAR CIGARROS???????? FOD@-SE M. É SEMPRE A MESMA COISA… VAI COMPRAR MEU…

 

Resultado:

 

M. fica lixada comigo, deixa de me falar e a pessoa A e a M. continuam amigas…

 

Vou repensar a minha influenciabilidade durante as férias…. Fui….

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27
Jul 10
publicado por Muito Mais Branco, às 12:55link do post | comentar


É impressionante o quanto eu não entendo os Cartugas… já não sei se sou eu, se eles, se é a língua que falamos ou a forma de comunicar, se sou eu que sou surda se somos todos idiotas ou se pura e simplesmente eu não dou para Cartugar…vou resignar-me e interiorizar que não entendo Cartuga e não há nada a fazer.

 

Então não é que no meio da tremenda aselhice, que culminou com o carro a ir abaixo, eu fui ofendida, buzinada, gesticulada por um Cartuga enfurecido??? Não basta a vergonha de ter metido uma enorme argolada quando tentava fazer o ponto de embraiagem (credo, nunca tinha escrito esta palavra) com um carro a gasolina, ainda ter de levar com os Cartugas enfurecidos, vá irritados, só porque tiverem que esperar meio segundo para eu voltar a dar à chave, meter a primeira, suar um pouco, baixar o rádio, voltar ao ponto de embraiagem, desta vez, com o peso em cima de mim de não o voltar a deixar ir abaixo, e finalmente arrancar…

 

A pessoa faz merda, sem querer, e ainda leva com os Cartugas enfurecidos….Calma minha gente….

 

Agora vou treinar o ponto de embraiagem com um caminhão ‘veiculo longo’, tenham cuidado Cartugas e poupem-me de ruídos buzinosos …Fui.  


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