"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
15
Mai 12
publicado por Muito Mais Branco, às 16:52link do post | comentar

Ok ando muito ocupada sem tempo para nada, e a vida é um inferno e nem para me coçar tenho tempo e ando sempre a correr e ai meu deus que estou sempre atrasada e ade ade ade.... desculpas é o que é....

 

 

 

Tempo há sempre. Isto é, se se quiser mesmo mesmo mesmo há tempo.... o que aconteceu é que o blogue deixou de ser prioritário, é mais por ai....

Trabalho sempre tive muito (e não me queixo nem um bocadinho) e sempre encontrei tempo para fazer tudo o que me apetece. O que significa que não me tem apetecido muito escrever....

Mas o facto é que eu começo a ressacar de não escrever. Acho que (salvo rarissimas excepções) consigo expressar-me melhor na escrita do que pela via oral.

Por isso mudei de look, adoptei um estilo mais classico menos espalhafatoso, limpei a cara e agora vai disto!

 

Me aguardem!

Fui (mas volto já)..... 


11
Nov 11
publicado por Muito Mais Branco, às 14:20link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 

 

Ultrapassa-me como é que alguém tome um duche, se lave, com sabonete e que tais, e não lave a gadelha, suada, transpirada, a pingar, depois duma aula violentíssima de bodycombat. Eu ando para lá aos murros e pontapés durante uma hora, em que consigo, nos intervalos dos murros, beber ¾ de litro de água e ainda transpirá-la toda, e o meu cabelo, que, ok, não é lá grande juba, fica completamente encharcado e mal acabo a aula urge em ser lavado.

 

Aliás eu saio da aula a arfar, tipo cão depois duma corrida de 100kms pelo deserto, e preciso desesperadamente de primeiro, ingerir a maior quantidade de agua possível de forma a continuar a respirar, e sem me engasgar, segundo, despir-me, o que só por si não é tarefa fácil, pois toda a roupa está colada à pele, e terceiro, vou assim como vim parar ao mundo a correr (qual Brook Shields na Lagoa Azul, mas menos nova e boa), como se quisesse ganhar a medalha de ouro, quer dizer, bronze dos 100mts, para o duche e consigo manter-me debaixo d’agua fria uns 5 minutos, em pleno estado “O” a recuperar de tamanha impetuosidade física, marcada sobretudo pela intensidade do treino, que é altamente eficaz, uma vez que a força dos murros/pontapés, é proporcional ao ódio que conseguimos manifestar durante o treino perante uma pessoa imaginária a quem estamos furiosamente a esmurrar. Como neste momento não odeio ninguém, ou pelo menos não odeio ninguém que mereça o meu ódio, imagino o Socrates, depois o Armado Vara, depois o Cavaco, depois ao Dias Loureiro, passando pelo Mira Amaral e volta ao Socrates e de uma forma geral à falta de classe política Tugalêsa.

 

Mas o que me choca, para além da falta de coluna vertebral da cambada de gente que nos desgoverna, é, sem dúvida, haver raparigas que depois de uma aula tão pujante como a do bodycombat não vão imediatamente lavar a cabeça. Choca-me pronto. Ok, a pessoa tem que aceitar a diferença e tal, MAS minhas amigas, não lavar a cabeleira suada é tão mau como fazer a aula toda e não suar nada.

 

Sim também existem dessas, que não devem odiar ninguém, nem sequer os políticos corruptos, pois fazem a aula como se estivessem a mexer o esqueleto o menos possível, não vá partir-se, e que nem um pingo de suor vertem. Ok, essas, dão-me raiva, mas ao menos ajudam-me nas aulas, pois olho para o treino delas e apesar de estar de frente ao espelho, observo-as pelo canto do olho imaginando que se por acaso eu lhes tivesse a bater com aquela intensidade se elas mantinham o esqueleto intacto ou se acabavam por se desfazer. Vai na volta sofrem de osteoporose e não podem ser mais activas do que aquilo, ou então foram operadas aos joelhos, ou então são apenas hipocondríacas, e eu práqui a dizer mal…shame on me....

 

O problema deve ser meu, é que bebo muita e depois dá nisto de suar e ter que lavar a cabeça, é isso…. 


21
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 10:53link do post | comentar | ver comentários (2)

Exmos. Senhores,

ONEY

 

Lisboa, 21 de Outubro de 2011

 

ASSUNTO: CARTÃO JUMBO – CONTRIBUINTE XXXXXXXXX

 

 

Recebi um sms vosso para o meu telemóvel (XXXXXXXXX) o qual me surpreendeu sobremaneira. O sms estaria a cobrar-me 5,20€ da ‘não utilização do cartão JUMBO’.

 

Ainda mais surpreendida fiquei uma vez que não utilizo o cartão JUMBO desde 2004… Já nem sequer o tenho…

Assim, gostaria de perceber se o que me estão a pedir para pagar é pela ‘não utilização do cartão’ ou se é alguma ‘esmola’, para não chamar outro nome menos simpático, pois é no mínimo estranho que me estejam a cobrar agora um valor sobre um produto/serviço que eu não utilizo há 7 anos…

 

Não vou pagar 1 cêntimo porque não concordo com a divida que vocês dizem que eu tenho para com o JUMBO.

 

Acho um abuso de confiança e até soa a vigarice pois não é admissível que eu seja incomodada com estes assuntos quando deixei de ser cliente JUMBO há 7 anos.

 

Mais informo que devem proceder imediatamente ao cancelamento do contrato que dizem ainda estar activo, apesar de eu só ter tomado conhecimento disto 7 anos depois, mantendo eu o mesmo número de telefone que tinha aquando da elaboração do contrato. Só 7 anos depois é que me contactam, será da crise?

 

Sinto-me incomodada com isto e sobretudo sinto que me estão a querer ir ao bolso pois devem pensar que por quantias tão pequenas as pessoas, na sua maioria, preferem pagar e calar para não se chatearem, mas comigo não têm a mais pequena sorte.

 

Agradeço que tomem as diligências necessárias e não me voltem a incomodar.

(AHHHH e desta vez não tive problemas na forma como me despedia, nem duvidas... não me despedi - ponto -)

14
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 15:44link do post | comentar

  

 

 

Olá gentes,

 

Pois que devo ser uma anormal devo. Ou então não…

Há duas coisas que me deixam confusa, quer dizer há muito mais, mas estas fazem-me duvidar da minha sanidade mental…

Será que sou só eu que:

 

(1) Não entendo como é que é suposto as pessoas se cumprimentarem num e-mail, se é simplesmente ‘Bom dia Maria’ ou se deve ser ‘Cara Maria’ ou antes, ‘Exma. Sra. D.ª Maria’, ou ainda, ‘Exma. Sra. Dra. Maria’ e ainda há a versão jurídica do ‘Ilustre Colega, Exma. Senhora. Dra. Maria’ e mais numa versão académica ‘Exma. Senhora Professora Doutora Maria’ – estas versões são pralá de cansativas. Eu tenho imensa dificuldade em perceber quando posso usar um tipo de saudação ou outro. Deve ser por ter estudado em Inglês em que é sempre invariavelmente ‘Dear Sir’ OU ‘Dear Madam’ – quando não se conhece e ‘Dear Mr. José’ OU ‘Dear Ms. Maria’ – quando se conhece, e ponto. Quais dê éres ou coisa que o valha… dê éres em Inglês são os médicos. Será possível padronizarmos a coisa de uma forma simples, para que quando vá enviar um e-mail saiba logo como me dirigir à pessoa. E desengane-se quem acha que um ‘Bom dia Maria’ nunca poderia ser levado a mal. Pois… é que há gentinha que fica pralá de ofendida com o simpático (achava eu) ‘Bom dia Maria’… é que a bem ver o ‘Bom dia Maria’ é uma saudação amável e só gente mesquinha é que pode levar tal saudação a mal. Já o ‘Ilustre Colega, Exma. Senhora. Dra. Maria’, linguagem usada entre advogados (que são uma espécie à parte) é algo surreal e difícil de encaixar nesta minha maneira espontânea de ser, vai na volta é por isso que não sou advogada …

 

O mais surpreendente é que depois o Ilustre blá blá blá vêm muito educadamente mandar uns aos outros à merd@... Onde é que fica o tão ilustre, notável e distinto colega? É isso. Ahhhhh ainda me faltou os que não se cingem ao primeiro nome e vai de pespegarem com os apelidos e tudo, então a coisa fica mais ou menos assim ‘Ilustre Colega, Exma. Senhora. Dra. Maria Pereira de Morais Carneiro, recepcionámos a sua carta, a qual mereceu a nossa melhor atenção, contudo devido ao teor da mesma, compete-me informar a Ilustre Colega, que ficou unanimemente decidido, com o devido respeito, indicar que meta o extintor, que certamente estará pendurado numa das paredes do seu Ilustre escritório, salvo erro naquela entre o quadro do Picasso e a escultura de Rodin, no seu olho, aquele que nunca viu o sol’ ora bem são 78 palavras gastas, quando poderia ser algo tão simples quanto ‘Bom dia Maria, relativamente à carta que nos enviou, vá mazé levar no cú’ e com 14 palavrinhas a coisa tá feita. Não entendo todos os éffes e érres quando no fundo a coisa é mesmo brega, seja em que formato for.

 

(2) Também não entendo como é que as pessoas se despedem nos e-mails, embora esta questão seja muitíssimo mais simples do que a parte da saudação, porque o cumprimento sem todos os dê érres é coisa para ser considerado bastante insultuoso, já a despedida, como não carece desses títulos a coisa corre invariavelmente melhor. Contudo há o clássico ‘Melhores cumprimentos,’ ou ainda o ‘Atentamente’, há o vulgo ‘Obrigada,’ que quando se torna mais corriqueiro passa a ‘Obg,’ e há o meio atrevidote ‘Beijinhos,’.

 

Este ultimo para ser usado com muito cuidado, porque pode ser considerado demasiado íntimo para as relações profissionais, embora possa haver essa abertura, normalmente para as mesmas pessoas que não levam a mal o cumprimento pelo simples ‘Bom dia Maria’. Enfim é uma questão de bom senso. O problema põe-se quando não se sabe ao certo se o ‘beijinhos,’ é encarado numa de ser amável e numa tentativa de aproximação e portanto joga a nosso favor, ou se é encardo numa de ‘olha olha, está já me manda beijinhos, quem é que ela pensa que é’, por isso em caso de duvidas o ‘obrigada’ serve perfeitamente. Em inglês, lá está, a coisa é muito mais simples. Jamais se despede de alguém com ‘Kisses’… Utiliza-se o ‘Best regards,’ ou numa simpátia extrema o ‘Kind regards’, e depois com a continuação passa a ‘B. rgds,’ e já tá.

 

Outra coisa que me deixa intrigada na altura da despedida é o cartão-de-visita que vem por baixo, e que normalmente contém o nome da empresa, o cargo e os contactos e vá, a pagina da internet também. E isso basta. Pensava eu. Mas é cómico ver um cartão-de-visita como descrevi em cima, em que depois encontramos uma indicação toda avan-garde e que fica sempre bem tipo ‘pense no ambiente antes de imprimir este e-mail’ e depois segue-se uma lista interminável dos vários prémios que aquela empresa já ganhou, tipo ‘Melhor empresa para trabalhar no ano 2010’; ‘Troféu melhor amigo do ambiente’, e por ai fora…. cómico…. to say the least. Para não falar nos logos às cores e dos twitters e facebooks e outras indicações que sempre contribuem para a imagem que a empresa quer passar.

 

E com isto vou-me, é 6ª e eu despeço-me de vocês com o desejo de que passem um bom fim-de-semana (muito utilizado também para despedidas nos e-mails às 6as)

 

Fui! 

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12
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 15:21link do post | comentar

 

tandem 744

 

 

Estamos nós, o Z. e eu prontos para iniciar a excursão que nos ia levar ao suposto berço da humanidade, à ‘cidade da paz’, como ironicamente era inicialmente chamada, hoje em dia, vulgo Jerusalém, sentados no autocarro, algures em Tel-Aviv, a aguardar. Tínhamos acordado pra lá de cedo, e estávamos, 2 horas depois à espera. Esperávamos tudo, menos o que acabámos por encontrar.

 

Longe estávamos nós de imaginar que a ‘cidade perfeita’, era exactamente isso, perfeita. Perfeita na harmonia das ruas, na riqueza dos materiais usados, na beleza dos templos, igrejas e sinagogas, nas cores neutras e ocres, equilibradas entre outras mais vibrantes, como uma orquestra de paredes de pedra polida ou de pedra madeira, em que tudo era construído, transmitindo uma sensação de mansidão visual, sem choques de falta de planeamento urbano, como estamos nós, Tugas, habituados a ver pelo burgo.

 

Perplexos com a beleza dos mosaicos, naquele ‘labirinto’ ordenado e de certa forma unido, ligado por um Deus que se sente a pairar sobre nós, omnipresente, mesmo para os não crentes, como eu, e, com a certeza que estávamos perante uma terra que tinha tanto de sagrado como de opulento. As multidões cercavam o muro das lamentações, numa tentativa frustrada de pertença. Nós não pertencíamos ali. Por muito respeito, muito recato, e muita abstinência nos sinais exteriores de riqueza que pudéssemos abraçar, nós éramos significativamente diferentes. E era essa diferença tão sentida que nos chocava sobremaneira. A diferença cultural era um poço sem fim, excessivamente atraente e ao mesmo tempo demasiado sufocante.

 

Mas enquanto estávamos na expectativa, à espera, sentados no autocarro arejado e fresco, antes de iniciarmos a excursão, estava um casal americano de meia-idade com uma filha nos seus vintes loira e enxurrada de adornos dourados, como se para um baile de finalistas brega fosse, mas que nos proporcionou momentos de risota pegada. Elas, apesar de típicas americanas, percebemos nós, tinham origem russa, pelo que fruíam de um corpo elegante, e nisso, só nisso, destoavam das vulgares americanas, em tudo o resto eram iguais. O sotaque, o ar superior e altivo com que miravam o guia e o motorista, o jeito arrogante e pespineta com que faziam questão de se exibir, eram em tudo puras americanas, vinham de shorts e tank-tops, alias, vestimenta muito apropriada para quem vai visitar um local sagrado.

 

Muito pelo contrário, o marido, era um cool, não estava nem ai para elas. Deixou-as sentarem-se ao lado uma da outra, e ficou pacatamente no banco ao lado. Em toda a excursão manteve um charuto apagado no canto da boca, que tirava apenas para falar.

 

O Z. e eu estávamos sentados mesmo atrás das americanas. Enquanto esperávamos o autocarro arrancar, eram muitas excursões, e por isso a coisa levou um certo tempo, elas estavam furibundas, fartas de esperar e indignadas com a ‘falta de organização’ típica de quem nunca organizou nada.    

 

Mãe histérica para o Pai zen: ainda estamos a tempo de desistir, pedimos o nosso dinheiro de volta, e temos um seguro que nos permite ter um reembolso do que pagámos, e podemos ir depois com um guia particular em vez de estarmos aqui neste autocarro imundo e a cheirar mal, sem condições nenhumas! Parece incrível, isto não se faz, nós pagámos e estamos à espera há séculos, e está tudo mal organizado, eu por mim cancelava já isto e accionava o seguro, não achas? (pergunta à filha, a filha diz que sim com a cabeça) É que estamos aqui à espera, e sinceramente eles estão a tratar-nos como lixo, não merecemos este tipo de tratamento. Temos um seguro de viagem que basta um telefonema para accionar, e não nos custa nada….(e continuou ad nauseam, qual disco riscado), CREDO como é que é possível…

 

O Z. e eu assistíamos à fúria da americana, atónitos, mas ao mesmo tempo encantados, pois lá nos íamos rindo do episódio. É que ela estava a ter um ataque de fúria, e ele, o pai, estava completamente blasè sem ligar a mínima, com um ar pacato e tranquilo, como se não a estivesse a ouvir.

 

Bom, definitivamente não era caso para tanto… Sim estávamos à espera, eram muitas excursões, mas estamos de férias…. Estávamos confortáveis, o autocarro tinha ar condicionado, okay, não era o último grito dos modelos de autocarro, e era com toda a certeza bastante mais pequeno do que os comuns autocarros americanos, mas era razoavelmente bom para estarmos cómodos e sem stress a aguardar.

 

Mas ela não tinha travões, continuou: sim, porque temos o seguro e podemos accioná-lo. Eu por mim ia-me já embora! Este autocarro é pequeno, desconfortável, sujo e está todo encardido…


Nisto o pai parece que ganha vida e diz: Sempre é melhor que a casa da tua mãe…


O Z. e eu não conseguimos conter a gargalhada que fingimos ser de qualquer coisa que vimos na rua.

 

Mas inteligente, muito inteligente, ou então conhecia muito bem a mulher que tinha, pois com esta ela ficou-se e nem mais uma palavra sobre o suposto autocarro imundo.

 

E foi assim que começou a nossa ida.

 

Já em Jerusalém, deram-lhes umas saias e uns lenços para cobrirem as pernas e os cotovelos, mas elas estavam mais interessadas em fazer compras do que aproveitar o que a cidade tinha para oferecer.

 

O pior cego é aquele que não quer ver.

 

Tão poucachinas que elas eram, credo!


11
Out 11
publicado por Muito Mais Branco, às 14:17link do post | comentar

 

 20111011_bloge 2

 

 

Ontem na cama antes de adormecer, começa a lengalenga do costume.

 

Ela: Óh mãeeeeeeee….

 

Eu: UquiÉ???

Ela: FICÁQUI… (e choraminga, ou ameaça que vai chorar, sei lá)

 

Eu: Bemmmmm o que é que se passa??? Vais fazer 8 anos, não dá para birras nem para te portares como se tivesses 5, não achas?

(e viro costas, saiu do quarto)

 

Ela: mãeeeeeee (e arrasta a voz com choro no final)

 

Eu tenho que decidir: quem manda? Sou eu. Então I’ll stick to the plan. E o plano é: eu é que mando. E portanto ela bem pode choramingar que EU não vou lá….

 

Começo a contar muito devagar 1, 2, 3 (…) 10, 11, 12. O choraminganço passou a choro…. 13, 14, 15, (…) 20, 21. Hesito… Começo a sentir receio que os vizinhos chamem a polícia por suspeita de violência doméstica, pois o choro já começa a entrar em decibéis muito pouco aconselháveis para aquela hora da noite.

 

Entro no quarto com a cara número 36.

 

Eu: É MELHOR CALARES-TE PORQUE SENÃO OS VIZINHOS CHAMAM A POLICIA PARA TE PRENDEREM, PORQUE A ESTA HORA NÃO SE PODE FAZER TANTO BARULHO!!!

 

(ela cala-se, intrigada e meia assustada)

 

Ela: tá bem mãe, eu calo-me mas porque é que tu estás a gritar comigo?

 

Eu (sento-me na beira da cama e ponho o meu ar mais calmo): filha, é assim: quando tu escolhes o comportamento tu escolhes a consequência. Se choras e fazes birra, escolhes um comportamento mau, logo irás ter uma consequência má, que é eu gritar contigo. Se não chorasses e me pedisses para ficar um bocadinho aqui a dar-te miminhos estarias a escolher um bom comportamento e terias uma boa consequência, eu ficaria a dar-te miminhos, compreendes?

 

Ela: sim, um bom comportamento tem uma boa consequência e um mau comportamento tem uma má consequência.

 

Eu (credo, foi tão fácil…): isso mesmo filha!

 

Ela (pensativa): não, não…. nem sempre é assim…

 

Eu: não?

 

Ela: não! Então imagina que há um gato no tecto, e ele está a cair, e eu vou a correr salvá-lo mas tropeço e caiu, e o gato cai no chão e morre. O comportamento era bom, mas a consequência foi má… eu escolhi um comportamento bom: salvar o gato, mas a consequência foi má: ele morreu

WTF??? HELP!!!!


27
Set 11
publicado por Muito Mais Branco, às 15:16link do post | comentar

Blog 20110927

 

Há tempos quando eu ainda falava a uma certa e determinada pessoa que depois percebi que era uma cabra, sonsa, cínica e falsa e tem a mania que é queque, que não tem nada a ver comigo a modos que não há maneira de nos darmos (diferenças irreconciliáveis), mas por enquanto, temos que nos gramar, o que até gramo à brava, pois dá-me um certo gozo olhar para a decadência em pessoa e perceber que felizmente a minha vida é preenchida de pessoas imensamente grandes e imaterialmente ricas e ela nada tem…. É tão pobre, tão pobre mas tão pobre que a única coisa que tem é mesmo dinheiro.

 

Mas perguntam-me vocês, o que é que isto tem a ver com a Guerra dos Sexos? Pois não tem NADA… apenas apeteceu-me fazer esta introdução. Dá-me gozo, sei lá… é o meu lado insonso ao vir ao de cima….

 

Tava eu a dizer que há tempos vi a tal personagem a ler o famoso livro ‘AS REGRAS – Tácticas Comprovadas Para Conquistar o Coração do Homem Perfeito’, by Ellen Fein e Sherrie Schneider; ela lia-o por estar convicta que o livro lhe resolvia o problema de estar encalhada e o pânico de ficar ‘para tia’ como dizem os betos (e ela) assombro-lhe o pensamento e eis que vá de ler AS REGRAS, a salvação.

 

O livro é brutalmente hilariante, do melhor humor que há prai. Giro que se farta. Citado vezes sem conta na série ‘O Sexo e a Cidade’, mas sempre numa versão humorista, o livro era citado com uma certa ironia à mistura. Na altura eu tive de o comprar, e não é um livro que se leia de fio-a-pavio, é daqueles que se vai lendo, como ‘Os Meus Problemas’ do MEC (do melhor que se escreveu na altura da minha adolescência).

 

No livro das REGRAS os capítulos são intrigantes e sugestivos. A capa do livro tem corações com setas do cupido atravessados e tem um balão onde se lê ‘o que fazer para seduzir um homem e o levar ao altar’…

 

Só a título de curiosidade eis algumas REGRAS:

 

REGRA 2: Espere Que Seja o Homem a Meter Conversa Consigo e a Convidá-la para Dançar

 

Ok tá explicado… este livro foi escrito em 1950 e publicado em 2006. Espera… lembrei-me… devem estar a referir-se aos bailes de debutantes, onde as meninas de bem são apresentadas (em tenra idade) aos solteiros e bons rapazes da sociedade a ver se arranjam casamento, ou por outra um bom partido, elas têm que se portar como verdadeiras donzelas imaculadamente virgens preferencialmente até tocam piano e falam francês. Mas têm 15, vá 16 anos e não estão a caminho dos 40… como é o caso em apreço.

 

A caminho dos ‘entas’ espera-se que elas já tenham adquirido, a segurança subjacente e necessária para que, de uma forma elegante e digna lhes permita dialogar com o sexo oposto sem que isso seja sinónimo de serem consideradas umas putéfi@s oferecidas, e afins. Mas isso não é qualquer mulher… é preciso carácter. Vai na volta é por isso que a outra ainda está encalhada… está à espera que a convidem a dançar. Tou mesmo a vê-la em pleno Lux com um ar angelical à espera do príncipe, até que, cansada de esperar vai para casa (sozinha) ler AS REGRAS para tentar perceber onde falhou….

 

REGRA 3: Não Olhe Para os Homens e Não Fale Demais

 

O ‘não falar demais’ é natural, é a tal história: temos DOIS ouvidos e UMA boca… Não carece de explicação.

 

Agora o ‘não olhar para os homens’ é que me complica… Então vou comprar sem ver?? Quem não gosta daquelas trocas de olhares subtis mas intensas qual relâmpagos a invadir-nos a alma, e que provocam em nós uma sensação de euforia semelhante a quem nunca provou aquela pasta verde explosiva também conhecida por wasabi que quando a experimenta é agradavelmente surpreendido por uma sensação de desentupimento nasal (e por vezes até cerebral), ou quando se dá uns 20 goles de repente numa Coca-Cola bem gelada até se ficar com o nariz a borbulhar. Quem é que não gosta destas sensações??

 

Pois… mas para isso é preciso gostar de sensações FORTES e nem toda a gente está suficientemente viva para isso…. há quem leia AS REGRAS e fique horas a treinar a melhor pose (em frente ao espelho) já que não pode treinar o melhor olhar, o olhar del matador, aquele que é tremendamente ameaçador mas ao mesmo tempo altamente sensual, que silenciosamente nos diz tanto e é tãaaaaaaaoooo bom.

 

REGRA 4: Obrigue-o a Ir Ter Consigo e Não Pague Nada a Meias

 

Antevejo-a ao telefone com um ar enfadado ‘àh não me vens bucar? NÃO? Então deixa… assim também não vou! (nã-nã-nã-nã-nã-nã toma que já levaste, apre…. ainda bem que li AS REGRAS)’ e depois admira-se porque é que ele nunca mais ligou… Pois…. o pior cego é aquele que não quer ver. Dizem…

 


blog 2709201_2

 

O ‘não pague nada a meias’ presumo que seja: não-pague-nada-o-tótó-que-o-faça. É, portanto, ele que banca tudo. E a donzela, que, coitada vive com os pais e por isso não tem onde cair morta, só vai jantar com ele no pressuposto que seja ele a pagar. Claro que se calcula que ele a terá ido buscar, claro está, senão ela não estaria ali, com ele. Mas esta coisa de o homem bancar tudo pode sair bem caro. Depois queixam-se que eles só querem desentupir-lhes o canal rectal, queixam-se… mas, minhas queridas, ou é a meias ou então sujeitam-se, essa é que é essa. Depois rapidamente deixam de ser donzelas e o único dom que lhes resta é o dom de bem cuidarem do hemorroidal, àpoizé…

 

Bem e por hoje é tudo… me aguardem que eu volto com novas REGRAS… e estejam atentas meninas casadeiras, não descureis destes conselhos sábios de quem publicou mais de 2 milhões de livros… quase um Nobel da literatura. Quase.

 

Agora Me Voy!

 

 

 


03
Ago 11
publicado por Muito Mais Branco, às 17:24link do post | comentar | ver comentários (3)

ahhhhh outro problema que tenho, desta vez altamente sério, é que adorava ter mais tempo para escrever... e não tenho... este sim é o verdadeiro problema, digno do nome que carrega! Fui...


publicado por Muito Mais Branco, às 16:55link do post | comentar

IMG_7768

 

 

Eu tenho um problema, não…. eu tenho vários problemas, mas nenhum que seja suficientemente interessante para partilhar num blogue.

 

O problema que eu arrogantemente considero partilhável, é que, ao contrário do que eu prego, julgo muito as pessoas pelas aparências. E claro que eu sei que não se deve fazer isso, e é o que digo sempre à minha filha: não penses que uma pessoa é pirosa só porque tem 5 anos e as unhas pintadas de rosa chock, pois TU tens 7 e eu até te deixo pintar as unhas da cor que bem quiseres – nas férias, e apenas e só nas férias - e TU não és pirosa, porque se TU fosses pirosa o problema não era teu mas meu…

 

Okay… posto isto, eu confesso que julgo pela aparência…. mea culpa, é verdade, vou autoflagelar-me…

 

Tento muito não ser assim, mas sou…. okay na volta não tento muito não ser assim, porque se tentasse já não era….que drama….. bom… não é asssssim tão mau, se fosse também não  partilhava aqui, antes ia fazer umas sessões de psicanálise ou o coiso e tal…

 

Eu tento racionalizar, tipo, ok a pessoa acredita que houve a Maria e o José e que dai a Maria engravidou do espírito santo e que depois nasceu o menino Jesus, eu tento muito respeitar as crenças alheias, tento muito não contra argumentar com as minhas crenças e com a minha maneira de pensar, e fico logo a achar que essa pessoa que acredita que a Maria era virgem, é uma criatura que não percebe nada da vida, mas depois vem a minha parte racional a dizer ‘lá tás tu Marta, a julgar pela aparência, na volta a pessoa é uma excelente alma uma mãe exemplar um ser humano altamente solidário e obviamente crente na religião católica e pura e quem sou eu, malvada, de pensar que a pessoa não percebe nada na vida, e eu ‘all mighty’ é que percebo’ e lá vou eu autoflagelar-me mais um pouco…    

 

Pois…. é difícil não olhar para um cigano e achar que estamos perante um ser caridoso, honesto e trabalhador…. mas penso que todos nós somos assim um pouco… na volta eu sou só mais que os outros….

 

Ainda ontem no bar do hotel, bar para estrangeiros com a musica ao vivo a condizer ao estilo de ‘sweet caroline, good times never seem so good’ eu a entreter-me com um gin tónico (pois só tinham licores esquisitos e coisas para turistas) enquanto observava a Xis a dançar no seu outfit bués de fashion (basicamente umas leggings e uma túnica) quando apareceu uma inglesa (ou alemã ou coisa do genero) e lá vem o meu lado critico a emergir e eu a escrever…. nem censuro a coisa nem nada, vai assim se chofre…. a tal inglesa ou coiso, vem toda rosadinha, tipo lagostim acabadinho de sair da panela, mais uma vez o meu lado critico a vir ao de cima e eu sem travões, inglesa essa que vestia um pijama, sim era um pijama, só pode… daqueles da hello kitty que se vende na H&M…. com a gata na perna do lado esquerdo em cima, e na sweat-shirt em grande.

 

Isto a condizer com uma bolsa da gata – com o feitio da cara da gata – e com umas sabrinas (que não eram más do todo?!?!?) brilhantes e pretas…. E a bifa achava-se linda, ahhhhh um facto mega importante, tinha uns 40 anos, ou aparentava ter…. por isso podia ter só 30 que elas não são lá muito cuidadas, lá estou eu outra vez….

 

Mas esta coisa de ‘don’t judge a book by it’s cover’ é muito giro, mas tem que ser ensinado e praticado e voltar a ser ensinado e voltar a ser praticado, porque é-nos natural…. Até a Francisca achou ridícula a figura da bifa…. E vai na volta ela é uma fashion designer que trabalha para a Elle, e tem o à vontade de vir para ali dançar de pijama, antes de se recolher…. E eu a pensar que era o outfit da gaja… é assim…

 

Fui…

 


publicado por Muito Mais Branco, às 16:35link do post | comentar

Ela: mãe eu amo-te mais do que tudo nesta vida!

Eu: e eu a ti filhota!

Ela: sim, mas é diferente.

Eu: pois é diferente eu amo-te mas sou tua mãe e tu amas-me e és minha filha.

Ela: sim, mas a diferença não é essa.

Eu: então qual é?

Ela: é que mesmo que eu tenha uma filha eu vou-te sempre amar mais a ti do que à minha filha!

 

Pois…. só ver para querer…..santa inocência….

 

 

Lavre24


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