ahhhhh outro problema que tenho, desta vez altamente sério, é que adorava ter mais tempo para escrever... e não tenho... este sim é o verdadeiro problema, digno do nome que carrega! Fui...
ahhhhh outro problema que tenho, desta vez altamente sério, é que adorava ter mais tempo para escrever... e não tenho... este sim é o verdadeiro problema, digno do nome que carrega! Fui...
Eu tenho um problema, não…. eu tenho vários problemas, mas nenhum que seja suficientemente interessante para partilhar num blogue.
O problema que eu arrogantemente considero partilhável, é que, ao contrário do que eu prego, julgo muito as pessoas pelas aparências. E claro que eu sei que não se deve fazer isso, e é o que digo sempre à minha filha: não penses que uma pessoa é pirosa só porque tem 5 anos e as unhas pintadas de rosa chock, pois TU tens 7 e eu até te deixo pintar as unhas da cor que bem quiseres – nas férias, e apenas e só nas férias - e TU não és pirosa, porque se TU fosses pirosa o problema não era teu mas meu…
Okay… posto isto, eu confesso que julgo pela aparência…. mea culpa, é verdade, vou autoflagelar-me…
Tento muito não ser assim, mas sou…. okay na volta não tento muito não ser assim, porque se tentasse já não era….que drama….. bom… não é asssssim tão mau, se fosse também não partilhava aqui, antes ia fazer umas sessões de psicanálise ou o coiso e tal…
Eu tento racionalizar, tipo, ok a pessoa acredita que houve a Maria e o José e que dai a Maria engravidou do espírito santo e que depois nasceu o menino Jesus, eu tento muito respeitar as crenças alheias, tento muito não contra argumentar com as minhas crenças e com a minha maneira de pensar, e fico logo a achar que essa pessoa que acredita que a Maria era virgem, é uma criatura que não percebe nada da vida, mas depois vem a minha parte racional a dizer ‘lá tás tu Marta, a julgar pela aparência, na volta a pessoa é uma excelente alma uma mãe exemplar um ser humano altamente solidário e obviamente crente na religião católica e pura e quem sou eu, malvada, de pensar que a pessoa não percebe nada na vida, e eu ‘all mighty’ é que percebo’ e lá vou eu autoflagelar-me mais um pouco…
Pois…. é difícil não olhar para um cigano e achar que estamos perante um ser caridoso, honesto e trabalhador…. mas penso que todos nós somos assim um pouco… na volta eu sou só mais que os outros….
Ainda ontem no bar do hotel, bar para estrangeiros com a musica ao vivo a condizer ao estilo de ‘sweet caroline, good times never seem so good’ eu a entreter-me com um gin tónico (pois só tinham licores esquisitos e coisas para turistas) enquanto observava a Xis a dançar no seu outfit bués de fashion (basicamente umas leggings e uma túnica) quando apareceu uma inglesa (ou alemã ou coisa do genero) e lá vem o meu lado critico a emergir e eu a escrever…. nem censuro a coisa nem nada, vai assim se chofre…. a tal inglesa ou coiso, vem toda rosadinha, tipo lagostim acabadinho de sair da panela, mais uma vez o meu lado critico a vir ao de cima e eu sem travões, inglesa essa que vestia um pijama, sim era um pijama, só pode… daqueles da hello kitty que se vende na H&M…. com a gata na perna do lado esquerdo em cima, e na sweat-shirt em grande.
Isto a condizer com uma bolsa da gata – com o feitio da cara da gata – e com umas sabrinas (que não eram más do todo?!?!?) brilhantes e pretas…. E a bifa achava-se linda, ahhhhh um facto mega importante, tinha uns 40 anos, ou aparentava ter…. por isso podia ter só 30 que elas não são lá muito cuidadas, lá estou eu outra vez….
Mas esta coisa de ‘don’t judge a book by it’s cover’ é muito giro, mas tem que ser ensinado e praticado e voltar a ser ensinado e voltar a ser praticado, porque é-nos natural…. Até a Francisca achou ridícula a figura da bifa…. E vai na volta ela é uma fashion designer que trabalha para a Elle, e tem o à vontade de vir para ali dançar de pijama, antes de se recolher…. E eu a pensar que era o outfit da gaja… é assim…
Fui…
Ela: mãe eu amo-te mais do que tudo nesta vida!
Eu: e eu a ti filhota!
Ela: sim, mas é diferente.
Eu: pois é diferente eu amo-te mas sou tua mãe e tu amas-me e és minha filha.
Ela: sim, mas a diferença não é essa.
Eu: então qual é?
Ela: é que mesmo que eu tenha uma filha eu vou-te sempre amar mais a ti do que à minha filha!
Pois…. só ver para querer…..santa inocência….