"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
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Jun 11
publicado por Muito Mais Branco, às 18:10link do post | comentar


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Eu adoro, mas adoro mesmo! É mesmo daquelas coisas que curto à brava fazer, é de ir conduzir, marginal fora (idealmente Lisboa – Cascais), Verão, pôr-do-sol, janela aberta cotovelo de fora (à Zé Manel taxista) a ouvir rock tipo Lita Ford a decibéis muito pouco recomendáveis, e a tentar cantar mais alto que ela. Dantes tinha alguma vergonha (da figura que faço) e punha aquela mariquice no meu carro em que o som baixava quando eu baixava de velocidade, e assim quando parava nos mil-e-um semáforos da marginal, não corava e dava para disfarçar a coisa…

 

Agora, deve ser da idade, já me deixei disso, mantenho o som sempre nos mesmos decibéis, como se estivéssemos com o ouvido colado à frente das (famosas) colunas do 2001, qual tuning, o áudio do meu carro é f-e-n-o-m-e-n-a-l… alias quando o comprei, disse logo que extras 'Apenas quero que o som seja BRUTAL, igual ao som que se ouve daqueles carros todos transformados com neons e asas pintadas e luzes florescentes e tal, é só isso que eu quero’ e por isso imaginem… nem eu consigo ouvir aquilo no máximo, e sou surda (vai na volta é por isso)….

 

É que me dá um prazer sobrenatural conduzir + velocidade + musica-aos-altos-berros + cantar-como-se-fosse-eu-a-vocalista + sol + mar. Isto tudo, claro, quando estou sozinha a conduzir. Quando levo alguém muitas vezes nem ligo o rádio, porque eu não sou de meio-termo, ou se ouve em condições (alto) e se canta como se estivéssemos no meio do palco principal do Rock-In-Rio, a cantar como vocalista da ‘nossa’ banda, ou então não vale a pena….

 

Bom, a A5 também serve, mas não é a mesma coisa. É melhor no fim do dia, quando o sol se está a pôr mesmo em frente aos nossos olhos e não vimos nada para a frente, mas vimos tudo pelo retrovisor, imagino que já dei muitas alegrias aos Cartugas que viajam à minha frente.

 

E com este vou nessa, cantar na A5…Fui

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publicado por Muito Mais Branco, às 16:50link do post | comentar


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Hoje estou muito contente, sinto-me uma verdadeira privilegiada. Não vou dizer que estou feliz, porque isso seria um pleonasmo, é que eu tenho-me nessa conta, de ser uma pessoa feliz. Mas, dizia eu que hoje estou especialmente alegre, sinto aquele aconchego na alma que dá fôlego para continuar a viver da forma como sempre vivi: feliz. E não estou práqui a tentar provocar-vos dor de cotovelo, do género do ‘toma toma eu sou feliz…. hehehe, olha para mim que feliz que eu sou’ ou do tipo meio tonto do ‘happy go-lucky’ como se toda a desgraça do mundo e especialmente do meu mundo não me afectasse, nada disso, apenas que sou uma pessoa feliz e hoje estou particularmente animada. É isso. Assim de uma forma altamente redutora, basicamente, existem estes 2 tipos de pessoas: as felizes e as infelizes. As primeiras têm momentos de infelicidade, as outras momentos felizes. É isso.

 

Mas, estou, digamos que em total euforia, e tenho a alma preenchida, porque fui almoçar com a minha avó. É isso. Fui buscá-la a casa e mal a vi sair do portão, linda, de calça azul escura e blusa às florezinhas pequeninas em tons de azul-escuro e azul-turquesa, trazia um colar com umas missangas turquesas e brincos a condizer, sapatos brancos com berloques e mala da mesma cor, e um enorme sorriso. Ao vê-la a entrar no carro senti logo aquele cheiro tão familiar e reconfortante que só uma avó tem, cheiro-a-avó. Deu-me um abraço apertado e beijei-lhe a bochecha fria e macia, tão macia que me apeteceu logo dar mais beijinhos e festinhas, muitas festinhas.

 

Ela vinha radiosa. Tudo nela brilhava. Tudo nela reflectia riqueza, mas não daquela que hoje tanta importância se dá e que tanto se fala, da outra, da riqueza humana com que sempre me olhou, com uns olhos que não mentem e que espelham uma alma grandiosa. Que sorte. Que bom que é poder estar com ela. Já há muito que não almoçávamos. Eu sempre com as minhas pressas, sempre numa luta constante contra o tempo, e desculpas várias, da correria constante que é a minha vida: filha, trabalho, mais filha, mais trabalho, mais para-quedismo, mais tudo…. Bullshit! Se a pessoa quiser tem tempo. E eu, dentro da minha felicidade, andava a pensar na minha avó, que um dia me vai faltar, e sentia naquele momento a infelicidade de não a ver há tanto tempo que já nem me lembro quando foi a ultima vez que estive com ela.

 

Não é estar com ela no meio de tanta outras pessoas, numa festa ou de um almoço de família, não é isso. É o estar mesmo com ela, da nossa intimidade, das nossas conversas que mais ninguém pode entrar, que são só nossas, das nossas emoções, da nossa história. E foi isso o nosso almoço. Foi o reviver tempos idos, em que todas as semanas eu ia almoçar com ela, e que com ela, só com ela eu me abria, eu falava de mim, daquilo que realmente sinto e daquilo que me traz alegria e tristeza e da vida em geral, do que é ser uma pessoa grandiosa e não uma gente oca sem substrato, poucochinha, falávamos muito do ser e tão pouco ou quase nada do ter. Eram almoços fartos em princípios de vida básicos, mas que fazem toda a diferença. Fazem-nos felizes. Dão-nos capacidades para, já em adulta, poder dizer que se sou feliz, devo-o em parte à minha avó!

 

Tomei uma decisão. A partir de hoje, vou 1 vez por mês almoçar com ela. É um privilégio que em breve acabará, e eu quero aproveitá-lo ao máximo!

 

Voltei do almoço revigorada, parece que a minha avó tem a ‘varinha mágica’ de me pôr bem-disposta e de me dar alegria. Com ela eu sou uma melhor pessoa. Vou querer estar mais tempo com ela, neste mundo meio louco, que todos se atropelam, em que a prioridade é fazer dinheiro para comparar coisas, coisas essas para mostrar aos outros.

 

Vou-me embebedar mensalmente com os dizeres da minha querida avó para contrariar a tentação do mundo global, duma Europa falida de riqueza e de princípios.

 

Bem-haja minha querida avó!

 

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