"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
28
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:23link do post | comentar

No outro dia estive a olhar para os cadernos da minha filha, que está no 2º ano do ciclo, e reparei que havia alguns comentários da professora. Achei muita graça à letra da professora e lembro-me de a sorrir pensar cá para mim que ‘giro que a professora Mariana escreve exactamente como eles, em caligrafia…’ até que caiu a ficha… é que convém que eles (os putos) percebam a letra dela e se ela lhes ensina em caligrafia não vai comentar em letra de imprensa…daghhhh???


publicado por Muito Mais Branco, às 13:12link do post | comentar

 

Há 7 anos que nasceste, há 7 que sou MÃE. Há 7 anos que me tornei numa melhor pessoa. Há 7 anos que sou mais feliz, mais completa como mulher. Há 7 anos que sei o que é Amar (INCONDICIONALMENTE). Foram 7 anos de muita aprendizagem recíproca. Consegues sempre surpreender-me. Começo a dar por mim a admirar-te, meia-leca… coisas que para mim são mega complicadas, tu desmistificas e simplificas de tal forma, obviamente característico da tua idade, que me sinto parva. Na volta até sou e nunca dei por isso…

 

Mas há 7 anos que passei a sentir-me culpada. Culpada por cada vez que ia fazer ginástica te deixar, por uma hora, com a avó. Culpada por sentir que te estava a ‘abandonar’, pois lá dentro, bem lá no fundo o que eu queria era me voltar a encontrar e achava que estava de alguma forma a ser egoísta por ir dedicar 1 hora do meu dia (e do teu dia) apenas e só a mim. Culpada por querer voltar a sentir-me mulher, afinal, achava eu, não tinha esse direito. Ajoelhou? Vai ter de rezar…. Que raio de pessoa era eu que me queria encontrar como mulher e que queria estar comigo por uma hora e quase te ‘abandonava’, para ir dar-me prazer? Guilty. And more guilty.

 

Até que começaste a crescer e começaste a querer estar com outras pessoas, e me ensinaste que não eras só e apenas filha, que eras também, e sobretudo, criança. Que assim como eu não queria ser apenas Mãe, tu não querias ser apenas Filha. Aprendi que podemos ser mãe e mulher ao mesmo tempo e que não temos necessariamente de nos sentirmos culpadas por precisarmos do nosso espaço e do nosso momento como mulher. 7 anos depois aprendi que sou uma Mulher (desconfio que parva e) realizada por ser Mãe de uma Filha, saudável, linda e inteligente e acima de tudo uma Criança super feliz.

 

O que mais se pode querer na vida? Ok possivelmente podia pedir para não ser parva…é discutível…

 

Agora vou tratar das toneladas de merd@s para o aniversário da piquena, meia-leca. Fui…


26
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 17:15link do post | comentar | ver comentários (4)

 

 

Ele (carinhoso): Bom Dia Amor

 

Ela (de roupão e muito mal disposta): O QUE É QUE TU QUERES??? (MINHA GRANDE BESTA QUADRADA, IDIOTA COM QUE TIVE A INFELIZ IDEIA DE ME CASAR E AGORA TENHO QUE TE GRAMAR PARA O RESTO DOS MEUS DIAS SENÃO VOU PARA O INFERNO)

 

Ela (obviamente) perdeu uma boa oportunidade para estar calada. Ele, amoroso e querido, diz-lhe bom dia com uma voz meiga. Está obviamente de bem com a vida e quer transmitir a sua felicidade ao universo. Ela, que naturalmente acordou mal disposta, nem o ouve, ataca-o, vai-se a ele, como se ele fosse o inimigo com quem ela dorme. Está, na retranca, à espera que ele a chateie e nem dá pelo tom querido com que lhe diz bom dia e impulsivamente, como quem responde a uma besta-quadrada dá-lhe um verdadeiro ‘chega pra lá’ e o dia azedou. Nada a fazer….já azedou. Podemos mudar os diálogos e pôr a mulher como a querida e o homem como a besta, mas isso é demasiado comum para blogar, daí preferir esta versão. Tanto faz para o caso, mas prefiro.

 

Há tanta coisa que é desnecessária dizer…e já agora: temos 2 ouvidos e 1 boca, daahhhh???!!! Talvez devêssemos ouvir mais e falar menos, sei lá…


publicado por Muito Mais Branco, às 12:23link do post | comentar

 

Não acham irritante à brava aquelas pessoas que PARAM numa passagem de peões, ou numa passadeira (vulgo zebra), sem nenhuma intenção de a passarem? De se fazerem á estrada?? Ficam simplesmente ali especadas. Andam, de costas viradas, no passeio e mesmo em cima da passadeira param e viram-se para a frente, dando ideia que vão passar, mas ficam por isso mesmo, e nós, Cartugas educados e com vontade de ser simpáticos quase morremos de ataque cardíaco achando que estamos prestes a atropelar alguém, quando espetamos o pé a fundo no travão, é pneus a chiarem por todos os lados e a alminha nem sequer olha para nós, fica ali especada, parada e nós em pânico até que finalmente apercebemo-nos que o peão apenas parou para descansar e coincidentemente fê-lo na passadeira. Quase não vivemos para o susto. Será pedir muito que os Peõtugas passem a andar mais longe das passadeiras de forma a que euzinha não morra assim nos próximos 30 anos?


15
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 12:24link do post | comentar

 

Num restaurante depois do jantar com a família:

 

Eu: Xis, queres sobremesa?

 

Ela: SIM!!!! Deixa-me ver a lista.

Começa a ler a lista e demonstra um ar preocupado.

 

Eu: então o que queres?

 

Ela (com um ar enojado): ó mãe… existe verdadeiramente baba de camelo?

 

Eu (sorriu): não, querida, claro que não…é feito com ovos e açúcar, não tem nada a ver com a baba de camelo propriamente dita.

 

Ela (com um ar duvidoso): pois… mas é que existe um creme que tem baba de caracol verdadeiramente.

 

É… pois é…. Sempre que vejo o anúncio ou o quiosque com o expositor da dita ‘baba de caracol’ dá-me nojo! Minha rica pele, tratada única e exclusivamente com Kanebo, a levar com babas de animais rastejantes em cima, córror! Jamé! Não sei como há quem compre…Credo!

 

Agora vou ali fazer uma limpeza de pele e comer uma baba de camelo…FUI!


12
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:26link do post | comentar

 

Heaven, I’m in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak

 

Agora… porque antes estava mais numa de:

 

I, hate the rain and sunny weather, 
And I, I hate the beach and mountains too bu hu 
And I don't like a thing about the city, no, no 
And I, I, I, hate the countryside too! 

É que acabei de mudar de casa. No big deal, pensam vocês ‘ela até nem tem muita coisa’… dahhh??!!

Tenho TONELADAS de coisas inúteis que não serviram para nada durante os mil dias em que lá vivi! Bem, até serviram….serviram para ganhar pó, para ocupar uma prateleira, para decorar uma estante e sobretudo serviram para me deixar louca depois de passar 2 dias inteirinhos a EMPACOTAR e obviamente a deitar fora.

 

Deitei fora galore! Foram pazadas de euros gastos em sacos de 100 litros de lixo… metade da minha casa sumiu-se, foi um alívio, no passado já tinha tido uma experiencia semelhante quando a minha casa ardeu, mas ai a mudança foi relativa, pois resumiu-se a mim e à filha (ponto). Agora, apesar de ter deitado meia casa ‘fora’, levei toda a mobília, roupa minha e da filha, brinquedos, loiças, serviços inteirinhos da V.A. para dar jantares e banquetes, cocktails e afins para uma centena de gentes (os quais, obviamente, nunca dei, mas não me livro de acartar com a cozinha velha inteirinha e de proteger cada prato, cada xícara de café, tipo casca de ovo, em folhas de jornais que deixam as mãos pretas e depois obrigam-nos a lavar o serviço antes de o arrumarmos na nova estante até que um dia, quem sabe, mudemos de casa novamente - eu já não entro nessa, chego à casa nova e toca de arrumar, qual lavar qual quê...). Enfim tou praqui eu a queixar-me mas de facto faço-o de barriga cheia, porque tenho a sorte de ter coisas para empacotar e de ter outras que posso dispensar e dar e assim deixo espaço para voltar a ter outras coisas.

 

É como um balão…quando está cheio não se consegue encher mais, se despejarmos um pouco já facilmente entra ar novo e é isso que se resume o alivio que senti quando me desfiz de metade da casa: espaço.

 

Agora vou ali fora encher balões e explicar a teoria do espaço com balões a quem lá passar….Fui.


01
Out 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:44link do post | comentar

 

Dizem que eu sou desbocada e que não tenho travões e essas cenas assim. Nunca percebi se é elogio ou, se pelo contrário, me estão a insultar, não tenho essa sensibilidade. Dizem que tenho diarreia verbal que não tenho noção do que digo e tal e coiso. Pois eu de sonsa não tenho mesmo nada. As vezes curtia mesmo fazer-me de parva mas não consigo fingir que não percebi, nem ser simpática quando não me apetece, nem fazer conversa de circunstância nem passar fretes. Já dei…. Ou tou bem ou então não tou.

 

No outro dia perguntei a uma amiga porque estava com cara de doente, assim digamos que encolhida, e ela respondeu em jeito de confidência ‘tou naquela altura do mês’ e eu ‘Qual?’ e ela baixa o tom de voz e sussurra-me ‘tou com o período’ a minha reacção imediata: (com um ar enjoado) ‘hãããã tu és dessas’, ela encolheu os ombros, como se implorasse o meu perdão.

 

Pois ela é daquelas que está sempre com dores de cabeça e eu sou daquelas desbocadas que tenho sempre de opinar e de meter o bedelho onde não sou chamada. Podia ser simpática e dizer algo querido e maternal tipo ‘ó querida, deixa lá, queres que te faça cafuné?’ ou então dizer algo solidário tipo ‘como eu sei o que sofres minha querida’ ou então dar numa de enfermeira e dizer algo do género ‘deixa lá, toma aqui uma aspirina que isso passa’…mas não. Eu sou destravada e sai-me sem pedir licença um ‘hãããã….tu és dessas’, como quem diz ‘pois a mim não me enganas’…. Fazer o quê?

 

Agora, analisando a coisa assim mais friamente, assim ao estilo marta black, o ser-se verbalmente atrevido tem o seu je ne sais quoi. É, por assim dizer, uma maneira de estar na vida que pode ser interessante e até pedagógica. Comigo ninguém desconfia, sou das que chamam gordas às gordas e não rechonchudinhas por simpatia… eu sou dessas. Má língua? Talvez, mas má-língua pela frente, não mando recados, por isso quando não gosto, não finjo que gosto e quando não gostam de mim e me dizem ‘na cara’ têm a minha mais profunda admiração, mas quando não gostam e fingem que gostam uiiiii tão fritos comigo…é ver-me a atiçar a capa vermelha e a chamar os touros pelos cornos, sim não deixo a coisa por menos, e a cena até pode acabar como lá prás terras dos nuestros hermanos, onde matam o touro (ou pelo, menos costumavam matar, mas a tradição já não é o que era).

 

Vou ali fora, ao campo pequeno, atiçar a capa a ver se aparece alguém para tourear…FUI.


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