"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
14
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 14:27link do post | comentar

 

 

Nós, as fêmeas somos complicadas.

 

Quando começamos a crescer iniciamos esta nossa característica que embora atenue ligeiramente com a idade (ou não), preenche-nos a maior parte da adolescência e vida adulta. Começamos por complicar a nossa aparência, passamos por cortes de cabelos difíceis, pomos-lhe cores estrambólicas e iniciamos modas estranhas onde nos baralhamos com as marcas os penteados as roupas e afins, enquanto nos atulhamos de exacerbados complexos físicos que ninguém entende, nem mesmo nós. Depois complicamos as histórias, evidenciamos as partes complexas e complicamos mais um pouco, até que nem nós próprias entendemos muito bem o conteúdo. Temos argumentos emaranhados e falamos em línguas desconhecidas, daí a dificuldade que sentimos em nos fazer entender, pois nem nós nos entendemos a maior parte das vezes. Analisamos profundamente até ao limite do complicómetro tudo o que é dito e feito, concluímos infinitas vezes acerca do real significado daquela palavra, daquele olhar, daquela forma de caminhar, da gargalhada, do sorriso, tudo é revisto e analisado e complicado. Na nossa cabeça fazemos filmes, qual David Lynch qual quê… de tal forma articulados e confusos que não têm principio e muito menos um FIM, recorremos frequentemente aos filmes anteriores para tentarmos entender os filmes actuais, acrescentamos pontos que nos fazem imenso sentido, baralhamos as situações, e complicamos mais um pouco. Há quem diga que somos complicadas para justificar o facto de não nos compreenderem, mas é assim ser-se mulher.

 

Eles, machos são simples. Não, não me vou por aqui a complicar sobre os homens…


publicado por Muito Mais Branco, às 13:27link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Já cá ando há uns aninhos, e há muito que sei que já não há palavra. Nós, Tugas, não temos palavra (nós, salvo seja...). Ou há guita ou então o compromisso já era… pois… é o que se chama evolução dos princípios… dantes bastava a palavra, a palavra era de honra, agora ou há contrato assinado e guita na mesa ou não há nada para ninguém, a honra já era e a palavra não vale a ponta. É assim, e convém habituarmo-nos rapidamente à ideia de que ‘em Roma sê romano’ e é assim pronto, nada a fazer, vivemos num país que ninguém honra os compromissos que faz por isso estamos à espera de quê? Milagres? Eu tenho muita dificuldade em ser romana…

 

Não sei se é só comigo, mas a mim sempre que compro qualquer coisa, há sempre um sacana qualquer que me passa descaradamente um brutal atestado de pura idiotice, e afirma em alta e boa voz para quem quiser ouvir o espertalhão: ‘mas foste comprar isso por esse valor?!!?!?! Eu arranjava-te igual mas muito mais barato’ como se eu fosse uma idiota chapada, e fosse engrupida sempre que compro alguma coisa.

 

O que é que isto tem a ver com a (falta de) palavra, perguntam vocês? De repente nada….

Mas acontece que tenho a minha casa para arrendar, veio lá uma rapariga interessada em arrendá-la, vitima dos tais sacanas (suponho eu), que depois de lá ter ido 2 vezes, de dizer que A-D-O-R-A-V-A a casa e que precisava dela como pão prá boca, com a máxima urgência até ao final de Setembro, e eu ter feito das tripas coração para arranjar casa/sitio para ficar enquanto a minha outra casa não está pronta, tendo em atenção que a tal rapariga tinha um filho pequeno e que 'precisava mesmo mesmo mesmo de casa até ao final do mês'… depois de ter tudo arranjado, chateado meio mundo para me ajudar, organizar filha + gatos a tal rapariga ‘vitima’ enviou-me sms a dizer que afinal já não queria a casa (ponto).

 

Tou mesmo a ver… a rapariga encontrou um desses sacanas espertalhões, que se passa por amigo, disse-lhe que tinha arranjado uma casa, ele perguntou por quanto, ela ingenuamente respondeu, e ele deu-lhe a frase da praxe ‘o quê? Essa casa por esse valor? Tás parva????? Eu arranjo-te melhor e mais barato!’ e voilá, ela (vitima e parva) envia-me um sms cheio de desculpas, palavras que não valem nada, e o acordo que tínhamos era apenas um semi-acordo, um semi-acordo sem guita e sobretudo sem palavra…. nem teve a decência de me ligar e FALAR comigo, foi por sms e já tá….

 

Cá na Tugólândia é assim, há sempre alguém preparada para nos fazer sentir mal… sempre algum ‘amigo’ que comprou melhor, mais barato, mais giro, e nós é que somos parvos. Há sempre o tipo xico-esperto que conseguiu o melhor negócio do mundo, muito melhor que o nosso… e nós ou somos fortes para perceber que os ditos sacanas são uns mentecaptos indecentes e que estão a tentar valorizar-se à nossa conta ou então sentimo-nos autênticos imbecis e ficamos de neura.

Eu escolho ignorar…. Até nem levo a mal a tal rapariga (vitima de amigo falso e sacana) ter desistido de arrendar a minha casa, it was not meant to be. Assim sempre me voltei a lembrar que existem sacanas que se passam por amigos (da onça) e acabei por me sentir mais forte…

 

Agora vou ali empacotar mais umas coisas que tenho um feeling que vou arrendar a casa ainda esta semana….Fui.

 


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