"Dance like no one is watching, love like you'll never be hurt, sing like no one is listening, and live like it's heaven on earth."- William Purkey
09
Set 10
publicado por Muito Mais Branco, às 13:27link do post | comentar


 

 

Tenho cá para mim que o ser humano, cheio de imperfeições e em constante procura do inverso, numa sociedade que anda a 300 à hora e que se queixa da constante falta de tempo para fazer as mil e uma coisas a mais que os nossos antepassados alguma vez sonharam em fazer, tem obrigatoriamente de ter um escape.

 

Eu tenho vários. Mas há um que eu muito prezo e o tenho como excelência: a queda livre.

 

Não há ninguém, ninguém mesmo, que consiga pensar num único problema, durante os 60 segundos de queda livre. Esses 60 segundos (e mais o tempo de aterragem) são autênticos orgasmos meditacionais. É tempo dedicado exclusivamente a uma única tarefa que nos esvazia por completo a mente e nos preenche de tal forma a alma que nos dá alento para vivermos mais e melhor. Existirá maior concentração, que aquela necessária para abrir o pára-quedas? Existirá melhor meditação, do que os 60 segundos de pura liberdade e de autoconfiança? Existirá uma outra situação em que os sentidos se acendem mais do que quando se salta da porta dum avião? Existirá maneira melhor de relaxar, depois de um dia de saltos, depois de 10 minutos de queda livre, 10 concentrações, 10 meditações? Pois para mim não. No fim de um dia de saltos fico para lá de relaxada! Não encontro melhor escape do que saltar de aviões (que funcionem perfeitamente bem).

 

A propósito de saltos, a minha prima, Maria de Lurdes Borges de Castro, irá pela primeira vez, fazer um salto tandem, com o Veras, profissional na modalidade. Até aqui tudo pacífico, no entanto este salto nada tem de banal…é que a prima, é senhora para os 86 anos, áhpoizé… a octogenária vai saltar de um avião no aeródromo de Proença-a-Nova, onde opera a escola Sky Fun Centre, e eu vou estar lá para ver e saltar com ela, já este próximo dia 19 de Setembro!  Será um dia especial e fará história com certeza, é que nunca, neste planeta, houve uma senhora tão experiente na vida a saltar de um avião. Parabéns prima pela coragem!!

 

Agora vou ali fazer uma pausa para o almoço. Almoço também é um escape….mas nem de longe é um escape tão bom quanto a sensação de voar! Fui.


Certo, certíssimo. Vive-se depressa de mais; quanto mais tempo arranjamos mais inventamos coisas para o ocupar, de forma desenfreada: não ter um escape é verdadeiramente um horror, um pavor.
Mesmo que em vez de se viver todas as emoções e mais algumas em 60 segundos, se distribuam por muitos mais segundo; mesmo que não se esvazie totalmente a caixa dos pirolitos nos ditos 60 segundos mais aterragem mas se leve cerca de 90 minutos a andar a pé e a fechar os sites mentais, de facto qualquer escape é bom.
Por mais devagar que seja...também se chega lá.
devagar a 13 de Setembro de 2010 às 15:50

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